Mais de um milhão de angolanos enfrenta níveis elevados de fome

Angola
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As organizações não-governamentais da sociedade civil e igrejas, com destaque para a Católica, têm alertado para o aumento da fome devido aos longos períodos de seca, em algumas regiões de Angola, associado à crescente inflacção que se vive no país.

Segundo o Relatório Mundial sobre a Crise Alimentar, recentemente divulgado, um milhão e trezentas mil pessoas em Angola, 4% da população, enfrentam níveis elevados de insegurança alimentar aguda em 2023, no centro e sul de Angola, nomeadamente nas províncias da Huíla, Cuando Cubango, Namibe e Cunene, e a situação deverá piorar em 2024.

Em declarações à agência de notícias Lusa, O padre Pio Wakussanga, que falava à margem de um "Encontro de Concertação Social sobre Direitos Humanos em Angola", denunciou que a fome no sul de Angola está a obrigar jovens a fugirem para a Namíbia em busca de sustento, onde vivem situações de quase escravatura e exploração laboral.

A crise económica e financeira tem igualmente impacto no desemprego de mais de 30% da população e na degradação do Sistema Nacional de Saúde. O último relatório do Instituto Nacional de Estatística revela, que a região de Luanda, o maior centro populacional e económico do país, regista uma inflacção de mais de 40%.

O país regista um aumento de crianças de rua e de famílias empobrecidas nas cidades angolanas à procura de alimentos em contentores de lixo.

Em resposta às críticas dos partidos políticos da oposição e das organizações da sociedade civil sobre o flagelo da fome que assola milhares de famílias angolanas, o executivo do Presidente João Lourenço implementou algumas medidas, mas que não têm produzido resultados consistentes.

As críticas feitas à situação social e económica que se vive no país estiveram na origem da recente substituição da Ministra de Estado para a Área Social, avançam algumas fontes.

 

 

 


Fonte:da Redação e da Angonoticias
Reeditado para:Noticias do Stop 2024
Outras fontes • AFP, AP, TASS, EBS
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