angolana “não constitui alternativa ao poder”.
“Há um certo desespero das pessoas em relação ao partido que governa mas também não sentimos o apoio das pessoas para a oposição, o que me faz acreditar que fica difícil pensar-se numa mudança de regime com base na nossa oposição”, disse Muzemba que foi afastado da liderança da JURA (a ala da juventude da UNITA) no meio de alegações de corrupção envolvendo o empresário Bento Kangamba.
Muzemba voltou a negar no programa qualquer acção imprópria da sua parte
Para Muzemba “a nossoa oposição ainda é fraca, as lideranças não são muito consistentes” disse o jurista que reconheceu no entanto que o novo líder da UNITA, Adalberto Costa Júnior, “precisa de mais algum tempo”.
“Entendo que devemos esvaziar um pouco a intervenção política dos partidos politicos”, disse Muzemba para quem a política angolana precisa "de uma geração fora dos vícios do nosso sistema politico".
O jurista e antigo dirigente juvenil da UNITA disse que há agora uma geração “mais tolerante, mais democrática e com uma visão diferente” para enfrentar os desafios a que Angola faz face.
Interrogado sobre a possibilidade de criação de um novo partido político Mfuca Muzemba disse ser arriscado “neste momento” fazer previsões sobre essa questão.
“Para o futuro vamos pensar muita coisa”, disse Muzemba para quem o sentimento da sua geração “é averso aos sentimentos dos partidos tradicionais da nossa politica”.
“Esperamos naturalmente encontrar o nosso verdadeiro espaço, assumir a nossa responsabilidade como motor gerador do desenvolvimento que o país espera”, acrescentou.
Durante o programa Mfuca Muzemba disse que os actuais problemas do pais foram criados pelo “incompetência” do partido no poder o MPLA pelo que não acredita que esse partido possa resolver os problemas de Angola.
O presidente João Lourenço deveria alargar a sua governação a todos os sectores da sociedade angolana para tentar resolver as dificuldades que o pais atravessa.
“ O MPLA não vai conseguir resolver esses problemas por si próprio”, disse.
Interrogado sobre a realização de eleições autárquicas este ano, Mfuca Muzemba foi peremptório:
“Não haverá eleições este ano e a oposição está consciente disso”, disse subinhando o facto da Assembleia Nacional não ter ainda aprovado legislação nesse sentido e de o orçamento geral do estado não fazer menção a gastos nesse sentido.
Para Muzemba o partido no poder não está interessado em eleiçes autárquicas porque elas irão “dividir o poder” e o MPLA “não quer perder o controlo total do poder”.
O jurista disse no programa que “Cabinda é Angola” e que as reivindicações no territoório se devem ao facto do enclave não receber beneficios do petróleo vivendo em pobreza.
Mas isso, faz se sentir na provincia do Zaire que tambem produz petróleo e nas Lundas onde se produzem diamantes e não se pode aceitar a “somalizar” Angola devido a essa situação, disse em referência á fragmentação da Somália.
A possibilidade de um estado federal para se resolver essas questões é algo que pode ser levado em conta, acrescentou.
Mfuca Muzemba manifestou ceticismo quanto ao combate á corrupção e criticou tambem a recente prisão do general Bento Kangamba que disse parece ter tido como objectivo humilha-lo.
Fonte:da Redação e da angonoticias.com
Reeditado para:Noticias do Stop 2020
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