conjunta entre o Ministério dos Transportes e o Sindicado de Pilotos de Linha Aérea (SPLA),foi possível planear uma aterragem suave na mesa das negociações e, para já, com a suspensao da greve, a companhia aérea nacional continuará com os "take off" e os "landing" normais.
As negociações já duravam há alguns dias e a corda esteve quase a partir nas últimas horas, mas, num esforço de última hora, a tutela da TAAG, que é o Ministério dos Transportes, e o sindicato dos pilotos, acordaram na suspensão do protesto laboral com o compromisso de as reivindicações dos pilotos serem "integralmente satisfeitas".
O acordo foi divulgado pela tutela da transportadora de bandeira, e surgiu pouco depois de o Presidente da República ter dado posse aos dois novos secretários de Estado dos Transportes, numa cerimónia onde João Lourenço defendeu que a busca pela eficiência deve nortear o sector dos Transportes.
João Lourenço, quando as duas partes ainda negociavam um eventual acordo, reconheceu que o sector dos transportes, sem nomear especificamente o problema da TAAG, "não funciona ainda de forma muito eficiente", algo que considera vital corrigir, "porque sem transportes eficientes ou não há economia ou a economia se ressente".
O recado, ao que parece, foi ouvido lá no local onde corriam as negociações, e pode ter ajudado a este desfecho, o que permitiu ao novo ministro do sector, Ricardo Viegas d"Abreu, sair airosamente da sua primeira turbuulência em voo na gestão deste complexo voo de longo curso reivindicativo dos pilotos da TAAG.
Desfecho que resultou da aceitação de todas as reivindicações do SPLA, incluindo a questão principal que era a salarial, garantindo o Governo que as melhorias a introduzir na grelha salarial da companhia vão ser alongadas para todos os sectores da empresa.
"As exigências do Caderno Reivindicativo do SPLA foram, integralmente satisfeitas, incluindo a que se referia ao ajuste salarial, que vai não só contemplar os pilotos da TAAG, mas todos os trabalhadores da companhia", escreve o Ministério dos Transportes num comunicado.
Este resultado das negociações levou ainda a eu tenha ficado acordado que, "com carácter de urgência, a TAAG e o SPLA celebrem um Acordo Colectivo de Trabalho, de modo a estabelecer os parâmetros em que os profissionais da classe possam inserir e ver respaldados os seus direitos e deveres para com a Empresa".
Uma das razões para este acordo e que a tutela enveredou pelo "reconhecimento da redução do poder de compra dos salários" e que isso " abrange a todos os colaboradores da TAAG".
E sobre algum mal-estar existente entre pilotos, nomeadamente os nacionais e os estrangeiros, mas não só, o Ministério dos Transportes lembra que "o respeito pela classe dos pilotos deve ser exercido pelos próprios pilotos, em obediência aos mais altos cânones da ética e deontologia profissionais, sendo a todos os títulos reprovável o achincalhamento e o julgamento públicos de carácter entre profissionais da mesma classe, num esventrar de acusações mútuas, em que alguns procuram pôr em a causa a dignidade do conjunto".
Este aviso surge depois de a comissão sindical dos piloto ter, entre outras reivindicações, exigido o fim da "discriminação entre pilotos nacionais e estrangeiros", porque "não se entende como é que se contratam pilotos estrangeiros, com as condições que dão, quando nós não temos condições e muitos dos nossos pilotos estão a ser forçados a voar por outras companhias".
Aproveitando o momento, o Ministério dos Transportes divulga a intenção de, "a breve trecho" avançar com "medidas estruturais de adequação do sector da aviação civil às normas e às melhores práticas internacionais, visando posicionar Angola, como um país estratégico da aviação em África e no mundo".
Fonte:da Redação e Por angonoticias.com
Reditado para:Noticias do Stop 2018