Para testar se o amor fazia diferença no calor corporal, os cientistas fizeram dois testes. Eles recrutaram 60 pessoas que estavam namorando havia pouco tempo - bem na época da paixão avassaladora.
Para começar, os pesquisadores mediram a temperatura base deles depois de passarem 20 minutos sem roupa.
Depois, cada voluntário foi filmado (já vestido) enquanto olhava para três tipos de fotos: 1) dos seus respectivos namorados, 2) de amigos e família, 3) de situações estressantes que causam ansiedade.
A filmagem foi feita com câmera de infravermelho, ou termográfica, que mostra a variação na temperatura do que estiver filmando (no caso, o corpo dos entrevistados).
Quando os participantes viram fotos do ser amado, sua temperatura corporal aumentava 2°C em áreas bem específicas do corpo: mãos, bochechas, ao redor da boca, peito e nas partes íntimas. Isso não acontecia quando viam fotos de amigos e familiares. Dá para acompanhar a variação de calor no vídeo abaixo, feito pela agência Reuters:
No segundo teste, cada participante colocou a mão em um balde de água com gelo. Depois, retirou a mão enquanto observava as imagens mais uma vez.
Quando viam a foto dos amados, os apaixonados recuperavam a temperatura normal das mãos bem mais rápido que o padrão, que é de 4 minutos.
Já quando viam fotos estressantes, a recuperação era mais lenta que o normal. Isso porque, segundo os cientistas, o amor causa dilatação dos vasos sanguíneos, enquanto a ansiedade leva os mesmos vasos a se contraírem.
Com a popularização das câmeras termográficas, os pesquisadores esperam disponibilizar em breve um aplicativo para celular que compare os padrões de temperatura para detectar se a pessoa filmada está apaixonada ou não.
O grupo de pesquisa da Universidade de Granada acredita que existe um mapa térmico no nosso corpo para cada emoção humana. O laboratório foi o mesmo que descobriu que nosso nariz fica mais quente quando mentimos, resultado apelidado de "efeito Pinóquio".
Fonte: EXAME
Reditado por: Stop Tecnologia 2016
Tópicos: Tecnologia
Fotografias: Getty Images