O CEO da Boeing, Dennis Muilenburg, esboçou um futuro estilo Jetsons em uma conferência, na terça-feira, vislumbrando um mercado de viagens espaciais com dezenas de destinos na órbita da Terra e aeronaves hipersônicas que transportarão passageiros de um continente ao outro em duas horas ou menos.
E a Boeing pretende ser um dos principais atores da primeira iniciativa para enviar humanos a Marte, talvez até superando Musk em sua meta de longo prazo.
“Estou convencido de que a primeira pessoa a colocar os pés em Marte chegará lá em um foguete da Boeing”, disse Muilenburg no evento sobre inovação em Chicago, patrocinado pela revista Atlantic.
Assim como a SpaceX de Musk, a Boeing está focada em construir o setor espacial comercial próximo da Terra à medida que os voos espaciais se tornarem mais rotineiros, desenvolvendo enquanto isso a tecnologia para se aventurar muito além da Lua.
A gigante aeroespacial com sede em Chicago está trabalhando com a Nasa para desenvolver um foguete de carga pesada chamado Space Launch System (Sistema de Lançamento Espacial) para exploração do espaço profundo.
A Boeing e a SpaceX são também as primeiras empresas comerciais selecionadas pela Nasa para transportar astronautas para a Estação Espacial Internacional.
Transporte a Marte
Na semana passada, Musk deu as boas-vindas aos concorrentes quando divulgou uma nave da SpaceX que eclipsaria o foguete usado nas missões Apollo de meio século atrás, capaz de transportar 100 passageiros a Marte com mordomias semelhantes às de um navio de cruzeiro.
“O objetivo da SpaceX, na verdade, é construir um sistema de transporte.”, disse Musk em uma conferência espacial, ao expor um plano para levar a viagem a Marte ao mercado de massa com passagens que um dia custariam apenas US$ 100.000.
A Boeing foi a responsável pela construção do primeiro estágio do Saturn V, o foguete mais poderoso já construído pelos EUA, que levou o homem à Lua.
Atualmente, Muilenburg vê o turismo espacial como uma possibilidade mais próxima “que se desenvolverá nas próximas duas décadas e se converterá em um mercado comercial viável”.
Dezenas de hotéis poderiam se somar à Estação Espacial Internacional na baixa órbita terrestre, além de empresas com empreendimentos em manufatura e pesquisa em condições de microgravidade, disse ele.
“Acho que esta é uma área fascinante para nós”, disse ele.
Muilenburg afirmou que a Boeing produzirá naves espaciais para a nova era de turistas. Além disso, ele enxerga potencial para aeronaves hipersônicas, que viajariam a uma velocidade três vezes superior à do som.
Fonte:Bloomberg
Reditado para:Noticias Stop 2016
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