Facebook e Instagram podem ter de fechar na Europa

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Ora, o Facebook e o Instagram são os serviços mais conhecidos, mas a empresa têm inúmeras ofertas na Europa, como a realidade virtual e já a forte aposta no Metaverso. Segundo a empresa, o modelo que a União Europeia pretende impor à empresa não é sustentável.

As coisas parecem mesmo não estar a correr bem à Meta, já que no relatório trimestral divulgado a semana passada, a Meta admitiu, pela primeira vez, que está a perder utilizadores, o que fez com que as ações da empresa caíssem quase 25% e tornou-se a maior queda que a empresa já teve desde que está em cotação de mercado. Agora, esta situação é mais um problema para Mark Zuckerberg.

Facebook e Instagram podem fechar na Europa

No relatório apresentado à Securities and Exchange Commission pela Meta, a empresa delineou um cenário em que terá que fechar o Facebook e o Instagram na Europa.

Atualmente, a Meta processa os seus dados nos EUA e na Europa, no entanto, as novas leis europeias obrigam a que os dados dos utilizadores sejam mantidos e processadores em servidores na Europa, e este é o problema da Meta, já que a empresa afirma que o processamento de dados em todos os continentes é crucial para os seus negócios, tanto operacionalmente como par aa segmentação de anúncios, uma das áreas mais rentáveis da empresa.

Assim, a Meta não conseguiu cumprir as novas regras, sendo que a consequência disso poderá ser que terá de deixar de oferecer alguns dos seus principais serviços na Europa, como é o caso do Instagram e Facebook. Passamos a citar o relatório:

“Se uma nova estrutura de transferência de dados transatlântica não for adotada e não pudermos continuar a depender de SCCs ou de outros meios alternativos de transferência de dados da Europa para os Estados Unidos, provavelmente não poderemos oferecer vários dos nossos produtos mais significativos e serviços, incluindo Facebook e Instagram, na Europa, que afetariam material e adversamente os nossos negócios, condição financeira e resultados operacionais.”

Em comentário oficial a este relatório, Vice-presidente de Assuntos Globais da Meta, Nick Clegg diz que as novas regras terão um impacto muito negativo para todos, sejam empresas grandes ou pequenas, em vários setores. A Meta pede que os reguladores adotem uma abordagem proporcional e pragmática para minimizar a interrupção dos muitos milhares de empresas que, como o Facebook, confiam nesses mecanismos para transferir dados de uma maneira segura”

Quer dizer que o Facebook e o Instagram podem mesmo fechar?

Diremos que é muito pouco provável e a acontecer, e este relatório terá como principal objetivo o envio de uma mensagem aos reguladores europeus, para que percebam quais são as consequências para uma empresa como a Meta.

Não viria isto como parece ser: uma ameaça. A verdade é que existem muitas empresas que promovem os seus negócios a nível global e com a limitação da partilha de dados, iria limitar muito esta promoção, o que acabaria por impactar as empresas. Mas, obviamente que também a Meta.

Com estas novas regras, a Meta teria dificuldades em segmentar a publicidade, o que acabaria por impactar as receitas da empresa, mas certamente que encerrar o Instagram ou o Facebook na Europa, traria ainda mais problemas para a própria empresa.

Portanto, por agora, diria que é pouco provável que aconteça, mas uma coisa é certa. Se, por acaso o Facebook e o Instagram deixassem a Europa, certamente que muito rapidamente surgiriam outras redes sociais que agora desconhecemos para tomar o seu lugar.

Qual é a posição da Meta?

Com estas notícias a virem para o conhecimento público o MaisTecnologia contactou a Meta para um esclarecimento, sendo que o porta-voz oficial da empresa indicou que a Meta não tem quaisquer intenções ou planos para saírem da Europa.

Segundo a Meta, “Não temos absolutamente nenhum desejo e nenhum plano para sairmos da Europa, mas a simples realidade é que a Meta e muitas outras empresas, organizações e serviços dependem de transferências de dados entre a UE e os EUA para operar serviços globais. Como outros empresas, seguimos as regras europeias e contamos com cláusulas contratuais padrão e proteções de dados apropriadas para operar um serviço global. Fundamentalmente, as empresas precisam de regras globais claras para proteger os fluxos de dados transatlânticos a longo prazo e, como mais de 70 outras empresas em uma ampla gama de indústrias, estamos monitorizando de perto o impacto potencial nas nossas operações europeias à medida que esses desenvolvimentos avançam”.

 


Fonte:da Redação e da maistecnologia
Reeditado para:Noticias do Stop 2022
Outras fontes • AFP, AP, TASS, EBS
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