Lar doce lar. Agora o oposto: você foi promovido, entra dançando de alegria em casa - e de cara começa a tocar Eye of The Tiger.
Essa parece até uma cena da série Black Mirror (a da imagem aí em cima), mas, em breve, pode se tornar realidade: um grupo de cientistas do Laboratório de Inteligência Artificial de Computação e Ciência (CSAIL) do MIT acaba de criar uma inteligência artificial capaz de ler emoções - e de interagir com elas.
Batizado de EQ-Radio, o dispositivo capta as suas frequências cardíaca e respiratória e, a partir delas, determina que emoção está dominando seu coraçãozinho.
E não precisa de fios e eletrodos, não: todas as informações são colhidas via wireless - então, basta você chegar em casa para a magia acontecer.
Na prática, o que o EQ-Radio faz é emitir um sinal sem fio, que é refletido pelo corpo das pessoas de volta para o aparelho. Aí, a máquina lê as informações contidas no sinal, e compara com um banco de dados gigante, cheio de informações sobre centenas de pessoas - todos reunidos em um estudo anterior.
Nesse estudo, os participantes assistiam filmes de comédia, drama, terror e romance enquanto tinham suas emoções, seus batimentos cardíacos e suas frequências respiratórias cuidadosamente catalogadas pelo EQ-Radio.
Uma vez compreendida a sua emoção naquele momento, o EQ consegue criar uma atmosfera mais apropriada para o seu humor: se você está tristonho, ele pode colcoar uma música alegre para te animar; se você está apaixonado, ele pode diminuiras luzes para ~pintar aquele clima~, e por aí vai.
E não é só isso: a ideia dos cientistas é que o dispositivo seja útil também para colher informações de pessoas que sofrem de depressão, transtorno bipolar e ansiedade, o que ajudaria a regular remédios e a checar se determinado tratamento está funcionando ou não. Outra ideia dos caras é monitorar a saúde cardíaca e respiratória de quem tiver o EQ.
Por enquanto, o leitor de emoções consegue prever quatro emoções - felicidade, tristeza, raiva e excitação - com 87% de certeza. É baixo: o EQ ainda se confunde quando as emoções estão misturadas, como quando ficamos tristes e com raiva ao mesmo tempo, ou quando estamos melancólicos ou com saudade.
Ou seja: ainda falta um bocado de calibragem para que o dispositivo entre no mercado e transforme o cotidiano em um episódio de Black Mirror.
Fonte:Exame
Reditado para:Noticias Stop 2016
Fotografias:Getty Images / Reuters /EFE
Tópicos:Casas, Imóveis, Inteligência emocional, Tecnologia