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O estudo, chamado Um capítulo por dia, foi realizado nos EUA, ao longo de 12 anos - e analisou a relação entre a longevidade e os hábitos de leitura de 3.635 pessoas com mais de 50 anos.
Essa mesma turma também estava participando de uma outra pesquisa maior, a Health and Retirement Study, que tem investigado, desde 1990, a saúde de americanos que passam dos 50 anos.
Em Um capítulo por dia, os pesquisadores dividiram as 3.635 pessoas em três grupos: os "não leitores" (quem não tinha o hábito de ler), os "leitores" (que liam por até três horas e meia na semana) e os "super leitores" (quem lia mais de três horas e meia por semana).
Para definir os grupos, os participantes responderam a algumas perguntas simples sobre quanto tempo passavam lendo livros, revistas e jornais por semana.
Aí, 12 anos depois, os cientistas compararam esses hábitos aos dados de saúde do Health and Retirement Study, e descobriram o seguinte: os não leitores haviam morrido mais cedo do que os leitores, e bem mais cedo do que os super leitores.
Quem lia até 3h30 por semana, segundo o estudo, tinha 17% menos chances de morrer antes dos 62 anos do que quem não lia nada - e quem fazia parte do grupo dos super leitores tinha 23% menos chances de bater as botas antes dos 62.
Além disso, esse resultado foi geral - não tinha a ver com gênero, classe social, problemas psicológicos nem nível de educação.
Fazendo as contas, dá para ver que não precisa de muito trabalho para ser um super leitor: um pouco mais de meia hora de leitura por dia já é o suficiente para fazer parte desse grupo.
Mas tem um truque aí: não adianta ler qualquer coisa, porque a mágica só funciona com livros - quando os cientistas compararam o tempo de vida das pessoas que liam apenas jornais e revistas, mesmo que fosse muita leitura, a longevidade não era tão grande quanto a dos super leitores de livros.
Fonte:Exame
Reditado para:Noticias Stop 2016
Fotografias:Getty Images / Reuters
Tópicos:Comportamento, Literatura, Livros