O estudo mais recente que liga a solidão a problemas de saúde foi realizado em conjunto pelas universidades de York, Liverpool e Newcastle, na Inglaterra.
Por meses, eles acompanharam o dia a dia de 181 mil pessoas, e descobriram que as que eram mais solitárias tinham mais problemas cardíacos e de circulação.
A conclusão foi que quem vive sem amigos e longe da família tem 30% mais chances de ter um ataque cardíaco ou um derrame.
De acordo com a pesquisa, isso acontece porque as pessoas mais solitárias tendem a cultivar hábitos nocivos, como fumar, beber e não praticar esportes.
Mas outros estudos já explicaram essa relação de uma forma mais orgânica: ter amigos diminui o nível de cortisol (hormônio ligado ao estresse) no organismo, o que minimiza os riscos de sofrer de problemas do coração.
Além disso, a solidão pode afetar a produção de glóbulos brancos, responsáveis pela defesa do corpo, que compromete a imunidade.
O sono também piora, porque quando isolados, ficamos alerta o tempo todo e acabamos acordando por qualquer coisa - e dormir menos, como já sabemos, é péssimo para a saúde.
A Fundação Britânica do Coração, porém, não concorda com os números dos pesquisadores de York, Liverpool e Newcastle.
Para a Fundação, não há como ter certeza se outros fatores influenciaram os resultados. Mas os impactos da solidão na saúde não são só teoria: eles já foram provados antes.
Em 2012, uma pesquisa concluiu que morar sozinho corta, em média, 4 anos da vida das pessoas.
E tem mais: entre jovens solitários, o risco de morte é 9% maior do que o de idosos que têm amigos.
Outra prova de que morar sozinho faz mal vem da Universidade de Chicago, que afirma que isso mata mais do que a obesidade - e tem o mesmo efeito que fumar 15 cigarros por dia ou ser alcóolatra. Não tem como fugir: a solidão realmente faz mal à saúde.
Então, pelo amor da sua saúde, aproveite o próximo final de semana e troque a TV por um encontro com seus amigos.
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