O Serviço Nacional de Saúde português ainda não conseguiu recuperar do impacto provocado pela pandemia de Covid-19 nos centros hospitalares. O bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, refere que apesar de em 2021 se ter normalizado o que era feito no Serviço Nacional de Saúde, não se conseguiu recuperar todos os doentes.
“Cerca de 30 milhões de exames ficaram por fazer, 450 milhões de pessoas não fizeram rastreio do cancro da mama, cancro do colo do útero e cancro do colon e recto. Os novos diabéticos diagnosticados em 2020 caiu cerca de 20% a 25%, a mesma situação para o número de novos diagnósticos de hipertensão arterial também caiu, a mesma situação para a insuficiência cardíaca”, explicou.
Miguel Guimarães defende um "plano Marshall" que permita a recuperação dos doentes que ficaram fora do Serviço Nacional de Saúde, admitindo que neste momento ainda é possível diagnosticar muitos cancros que estão em fase inicial.
“A Ordem dos Médicos tem proposto, tal como a Convenção Nacional da Saúde, um plano de recuperação destas pessoas que ficaram de fora, uma espécie de plano Marshall. Um plano que estenda a rede de diagnóstico, que torne a malha mais fina, permitindo captar mais doentes que ficaram para trás. Neste momento nós ainda temos tempo para diagnosticar muitos cancros que estão em fase inicial e, portanto, são curáveis”, considera.
Mais de um milhão de portugueses continuam sem médicos de família, o bastonário da Ordem dos Médicos reconhece que enquanto não houver médicos suficientes, o Governo deve fazer acordos com o sector privado e social, garantindo o acesso aos cuidados primários de saúde.
“Neste momento, o Serviço Nacional de Saúde tem uma falta grande de médicos de várias especialidades, incluindo médicos de família. Se for necessário, faz-se um acordo com o sector privado e social para nos ajudarem a apanhar estes doentes”, garante.
Miguel Guimarães considera que o Serviço Nacional de Saúde tem de se transformar e adaptar-se aos tempos modernos, apostando “no acesso à inovação, tecnologia e formação”.
O bastonário da Ordem dos Médicos chama ainda atenção para a falta de condições de trabalho dos médicos, acentuadas durante a pandemia, sublinhado que o Governo deve resolver esta situação.
“O sofrimento ético é trabalhar num serviço que não tem condições (…) Qualquer Governo, qualquer responsável da área da saúde tem que ter muita atenção porque as pessoas que tratam de nós também têm que ser bem tratadas”, conclui.
Fonte:da Redação e da rfi
Reeditado para:Noticias do Stop 2022
Outras fontes • AFP, AP, TASS, EBS
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