cessante do FMI em Moçambique, Alex Segura.
Trata-se de medidas de carácter macro-económico, nomeadamente, política monetária e orçamental, cuja implementação deixa o FMI satisfeito.
Em entrevista exclusiva à Rádio Moçambique, por ocasião do fim do seu mandato de três anos no país, Alex Segura, disse partir com esperança de que o país vai reerguer-se a médio prazo.
““Vou com a esperança de que o Governo já está a tomar medidas apropriadas ao nível do Orçamento do Estado e de controlo de inflação e que essas medidas macroeconómicas, que são correctas, criam expectativas positivas, tendo em conta as recomendações deixadas pela missão (do FMI) de Junho e que estão a ser implementadas de forma muito rigorosa. Nesta parte estamos bastante satisfeitos”, disse
Sobre o reatamento da cooperação efectiva com o FMI, Alex Segura referiu que a missão de Setembro poderá ser determinante.
Vai demorar ainda algum tempo. Isso vai depender da avaliação da missão de voltará em Setembro. Essa missão de Setembro vai avaliar na prática os progressos efectivos e os avanços no âmbito da auditoria. Se todas as condições estiverem lá, então vamos retomar as relações com o FMI no prazo de tempo razoável, não posso dizer se são três ou quatro meses. Precisamos da confiança. É importante avançar rapidamente por auditoria forense internacional. Sabemos que a Procuradoria Geral da República já iniciou um trabalho, esperamos que rapidamente se inicie este processo para chegar a saber o que aconteceu com aquelas dívidas” frisou o representante cessante do FMI em Moçambique, Alex Segura.
“Acho que o Governo está a começar a tomar algumas medidas importantes: Houve um orçamento rectificativo aprovado pela Assembleia da República e o Banco de Moçambique está a tomar medidas para controlar a inflação e a depreciação do metical. Por outro lado, os investidores continuam interessados em investir em Moçambique, facto aliado ao enorme potencial do país, com recursos, como o carvão. Isso vai trazer divisas”, perspectivou Alex Segura.
A Rádio Moçambique apurou que o Governo vai enviar ao FMI os termos de referência para a contratação de peritos internacionais ou empresas especializadas com vista à realização da auditoria internacional à dívida pública moçambicana.
Esta acção deverá ser feita, respeitando as instituições moçambicanas de administração da justiça.
Fonte:RM
Reditado para:Noticias Stop 2016
