Polícia moçambicana acusa Renamo de passar-se por forças do Governo para atacar civis

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"Não há dúvida nenhuma de que estes ataques são da autoria da Renamo, que quer confundir as população, passando-se por agentes da polícia", disse à imprensa o porta-voz do Comando Geral da Polícia da República de Moçambique (PRM), Inácio Dina, durante a conferência semanal de balanço das actividades policiais.

Na sexta-feira, seis pessoas foram mortas a tiro e depois queimadas em Cheringoma, província de Sofala, centro de Moçambique, numa ação que a polícia atribui a homens armados da Renamo, mas duas testemunhas, citadas pelo jornal O País, imputam o crime às Forças de Defesa e Segurança.

Comentando sobre o caso, o porta-voz do Comando Geral da PRM reiterou que se tratou de uma acção protagonizada por homens da Renamo, acrescentando que a região já tinha registado outros ataques do braço armado da oposição.

"Lamentamos que a Renamo esteja a usar estas artimanhas para esconder as suas atrocidades", declarou Inácio Dina, salientando que as duas pessoas que alegadamente sobreviveram ao ataque estavam em pânico, o que pode ter sido um obstáculo na identificação dos autores do crime.

A região centro de Moçambique tem sido a mais atingida por episódios de confrontos entre o braço armado da Renamo e as Forças de Defesa e Segurança, existindo denúncias mútuas de raptos e assassínios de dirigentes políticos das duas partes.

As autoridades moçambicanas acusam a Renamo de uma série de emboscadas nas estradas e ataques nas últimas semanas, em localidades do centro e norte de Moçambique, atingindo postos policiais e também assaltos a instalações civis, como centros de saúde ou alvos económicos, como comboios da mineira brasileira Vale.

O líder da Renamo já reconheceu a autoria de vários ataques, justificando com a estratégia de dispersar as Forças de Defesa e Segurança da serra Gorongosa, onde supostamente permanece refugiado.

Também na sexta-feira, as autoridades revelaram um ataque de homens armados da Renamo, na vila sede do distrito de Morrumbala, na Zambézia, centro de Moçambique, que se seguiu a outras investidas denunciadas em Mopeia, na mesma província, e também a localidades em Niassa, no norte do país.

No mesmo dia, duas viaturas da Rádio Moçambique e Televisão de Moçambique foram alvo de uma emboscada quando seguiam numa coluna de veículos num troço da estrada N7, na província de Manica, sujeita a escolta militar obrigatória, e que as autoridades atribuíram a homens armados da Renamo, uma acusação refutada pelo maior partido de oposição.

Apesar da frequência de casos de violência política, as duas partes voltaram ao diálogo em Maputo, com a presença de mediadores internacionais, mas ainda não são conhecidos avanços.

O maior partido de oposição não aceita os resultados das ultimas eleições e exige governar as seis províncias onde revindica vitória no escrutínio.

 

 

 

 

 

 

Fonte:Lusa

Reditado para:Noticias Stop 2016

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