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Caso Cebolinha: "Como é possível que jovem morra torturado?"

Sociedade
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seguir divergem.

A família e organizações da sociedade civil dizem que Cebolinha foi brutalmente espancado pela polícia até à morte, na sétima esquadra, em Maputo.

Cebolinha foi "vítima de tortura policial", denunciou o ativista Adriano Nuvunga, diretor do Centro para Democracia e Desenvolvimento (CDD).

Prof. Adriano Nuvunga Prof. Adriano Nuvunga
Adriano Nuvunga, diretor do CDDFoto: Roberto Paquete/DW
"Como é possível que um jovem morra torturado nas celas da Polícia da República de Moçambique? Isto é crime", acrescentou Nuvunga.

A versão da corporação é bastante diferente.

"Derrame cerebral"

O porta-voz da polícia na cidade de Maputo, Leonel Muchina, garantiu, pouco depois da morte de Cebolinha, a 25 de julho, que o jovem morreu devido a um derrame cerebral.

"Este jovem não foi de forma alguma violentado nesta unidade policial", assegurou Leonel Muchina.

Uma unidade sanitária em Maputo teria até solicitado à família do jovem "para prestar estes depoimentos de que o seu ente querido teria perdido a vida diante de um derrame cerebral", acrescentou o porta-voz.

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Ativistas afirmam que polícia continua a exercer violência sobre os cidadãosFoto: Sebastião Arcénio/DW
O ativista Naldo Chivite, da Rede dos Defensores de Direitos Humanos, conta que esteve com o jovem Cebolinha dias antes da sua morte: "Por isso é que digo claramente que é pura mentira que ele estava doente."

"Pura mentira"

"É pura mentira", insiste Chivite. "Eu estive com o Cebolinha, conversámos e ele estava muito bem de saúde. Essa é uma manobra que está a ser criada pela polícia para justificar a sua ação."

Citada pela imprensa, a mãe do jovem, cujo nome não foi avançado, disse que viu um dos polícias a torturar Cebolinha, na sétima esquadra. "Tiraram-lhe a roupa, bateram-lhe, deitaram-no no chão e molharam-no com água fria. Ele estava sem camisola, sem manta, sem nada", afirmou.

Apelo a justiça

O defensor dos direitos humanos Naldo Chivite diz que, face a este e outros casos, a impressão com que fica é que "há uma orientação clara para violar os direitos humanos" em Moçambique.

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"Não se percebe como é que um país como Moçambique, que ratificou vários acordos internos e internacionais, viola na sua maior magnitude os direitos humanos dos cidadãos."

Chivite pede justiça no caso Cebolinha, embora tenha pouco esperança.

"Ouvimos muitas vezes a polícia a afirmar que vai agir contra os agentes [responsáveis por abusos], mas nunca vemos nada", lamenta.

 

 

 


Fonte:da Redação e da DW
Reeditado para:Noticias do Stop 2023
Outras fontes • AFP, AP, TASS, EBS
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