MISAU garante não haver registos de zika em Moçambique

O facto foi revelado hoje pela directora nacional adjunta da Saúde Pública, Benigna Matsinhe, em conferência de imprensa havida em Maputo para apresentar a posição do país

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América, África e Oceânia.

O facto foi revelado hoje pela directora nacional adjunta da Saúde Pública, Benigna Matsinhe, em conferência de imprensa havida em Maputo para apresentar a posição do país, em relação ao nível de prontidão e as medidas em curso para encarar uma eventual notificação de casos.

“Não temos registos de pessoas com Zika, muito menos de circulação do vírus”, disse a Matsinhe, sublinhando que desconhece até que ponto as condições ambientais do país são favoráveis ou não para o desenvolvimento do vírus.

A fonte apontou, a título explicativo, que o vírus se desenvolve e multiplica em condições próprias e necessárias de temperatura e ambiente, e desconhece as condições ambientais que existem no país para proporcionar o seu desenvolvimento.

No entanto, a directora garantiu que o país está preparado para se prevenir da doença, causada pelo vírus descoberto, pela primeira vez, na densa floresta também denominada Zika, a 25 quilómetros de Kampala, a capital do Uganda.

As autoridades nacionais de saúde vão, segundo a directora, desenvolver um trabalho de mapeamento do mosquito “aedes aegypti” entre os dias 15 e 19 do mês em curso.

A medida, de acordo com Matsinhe, visa garantir a prevenção e combate a doença no país e, para o efeito, um grupo de técnicos moçambicanos será formado na confirmação laboratorial da doença, ministrada por especialistas dos Estados Unidos da América.

“Mas continuamos a fazer a vigilância de febres de origem desconhecida. Já fazíamos isso com a dengue, mas reforçaremos aquando da dengue assim como a malária. Actualmente, estamos a desenhar uma fixa de investigação do Zika cá em Moçambique”, disse Matsinhe.

O MISAU trabalha também na identificação dos passageiros idos do Brasil e não só, porquanto não é só no Brasil onde existe o vírus, devendo as pessoas com os sintomas descritos na fixa procurar a unidade sanitária mais próxima para colheitas de amostras que serão, de seguida, enviadas ao Instituto Nacional de Saúde a fim de serem examinadas. 

Por seu turno, director científico do Instituto Nacional de Saúde (INS), Eduardo Samo Gudo, garantiu que o risco de este vírus se aparecer em Moçambique é baixo, porque para haver a transmissão interna no país é necessário que o vírus de adapte.

“O único país que tem transmissão activa é Cabo-Verde. Os poucos casos são esporádicos e nunca em forma de surto não há registo de transmissão massiva e para Moçambique o risco é baixo”, disse.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que entre três a quatro milhões de pessoas podem vir a ser infectadas pelo vírus Zika, entre as quais um milhão e meio só no Brasil. A estimativa foi divulgada quinta-feira por um especialista do organismo. Actualmente relata-se uma possibilidade de haver uma transmissão sexual do vírus.

 

 

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