Milhares de mortes após seis meses do início de uma guerra "brutal"

Ucrânia
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Completam-se esta quarta-feira seis meses do início de uma guerra "brutal" com milhares de mortes, lembra o politólogo português, Álvaro Vasconcelos. "Foram seis meses de uma guerra brutal, em que milhares de vidas foram perdidas, em que milhões de pessoas foram obrigadas a abandonar as suas casas", descreve.

Álvaro Vasconcelos lembra ainda que, pela primeira vez desde a segunda guerra mundial, "assistimos a uma guerra de conquista territorial. A guerra desencadeada pela Rússia contra a Ucrânia, mas também devemos dizer que essa guerra de conquista territorial, com todas as tragédias provocou, não tem sido um sucesso para a Rússia".

No início do conflito, a Rússia pensava que iria ocupar a Ucrânia rapidamente, "falavam mesmo de uma guerra de três dias. Chegaram a Kiev, cercaram Kiev, mas foram obrigados a retirar-se de Kiev e concentrar-se no Donbass e nas zonas do sul da Ucrânia, tentando criar uma relação entre o Donbass e a Crimeia. Aí, foram avançando lentamente, dez quilómetros nos últimos meses, com enormes perdas para o exército russo, mas também com enormes destruições para a Ucrânia", sublinha o politólogo.

Um em cada quatro ucranianos fugiu do país desde o início da invasão russa. As Nações Unidas calculam mais de 5.000 mortes de civis. Prever o fim da guerra "não faz sentido", aponta Álvaro Vasconcelos, porque até ao momento "todas as previsões falharam". "A previsão de uma vitória da Rússia falhou", mas também falhou a ideia de que "a Rússia poderia ser derrotada, rapidamente", lembra.

"Estamos perante um cenário terrível, de uma guerra prolongada, que pode durar anos. Faz lembrar, de certa forma, o que se passa entre a Índia e o Paquistão, na Caxemira, que é uma guerra que dura dezenas de anos, mas uma guerra de outra intensidade, com forças armadas, com armamentos muito sofisticados e pesados, e com um grau de destruição sem precedentes na Europa. Evidentemente, que assistimos a guerras de destruição deste tipo levadas a cabo pelo exército russo na Síria e na Chechénia, mas na Europa ainda não tínhamos assistido uma grande destruição desta dimensão, desde guerra mundial", conclui o politólogo.

 

 

 

 

 

Fonte:da Redação e da rfi
Reeditado para:Noticias do Stop 2022
Outras fontes • AFP, AP, TASS, EBS
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