Tropas russas aproximam-se da capital da Ucrânia

Ucrânia
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No bairro de Oblonsky, no norte de Kiev, foram ouvidas explosões e tiros, de acordo com a agência France Presse. No Facebook, o Estado-Maior do Exército ucraniano confirmou que as tropas russas se aproximam de Kiev pelo nordeste, pelo leste e pelo norte.

No Twitter, o Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky disse que pediu à União Europeia para reforçar as sanções contra a Rússia, afirmando que “todas as possibilidades de sanções ainda não foram esgotadas”.

Na quinta-feira à noite, os dirigentes da União Europeia reforçaram as sanções contra a Rússia nos sectores da energia, da finança e dos transportes, mas sem excluir Moscovo do sistema de transferências internacionais Swift. Kiev tinha pedido aos países ocidentais para tomarem esta medida, apresentada pelos especialistas como “uma arma atómica financeira” mas que também pode prejudicar os europeus.

Este fim-de-semana vai haver uma sessão extraordinária do conselho de ministros do Interior dos 27 para falar sobre as respostas à situação na Ucrânia, anunciou o ministro francês detentor da pasta Gérald Darmanin, no Twitter. Entre os temas, estão “a resposta europeia ao impacto humanitário e de segurança, assim como medidas de retaliação”, de acordo com um conselheiro do executivo ouvido pela AFP.

Esta madrugada, os Estados Unidos afirmavam-se convencidos de que o cerco a Kiev estava iminente. O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, disse que Kiev "poderia muito bem estar cercada" e o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse que o Governo tinha informações de que "grupos subversivos" estavam a invadir a cidade.

Esta manhã, a vice-ministra da Defesa da Ucrânia admitiu o avanço das tropas inimigas nas imediações de Kiev. "A ocupação inimiga de Vorsel e das aldeias circundantes é possível", escreveu Hanna Malyar no Facebook.

Por sua vez, o exército ucraniano deu conta de combates com unidades blindadas russas em Dymer e Ivankiv, a 45 e 80 quilómetros a norte da capital, garantindo que destruíram dois tanques e que o avanço das "forças inimigas superiores foi travado na margem do rio Teterov. A ponte sobre o rio foi destruída". Também em Vorzel, a cerca de 35 quilómetros da capital, se ouviram explosões esta manhã.

Na quinta-feira, o primeiro dia da invasão, as tropas russas já tinham tomado o ponto de fronteira de Vilcha, também na região de Kiev, a 50 quilómetros da fronteira bielorrussa. Pouco depois, tomaram de assalto o aeródromo Hostomel, a 35 quilómetros da capital, onde chegaram com 200 paraquedistas, segundo o exército, mas as forças armadas ucranianas conseguiram recuperar o controlo, de acordo com o conselheiro presidencial Alexei Aristovich.

A Rússia lançou, esta quinta-feira de madrugada, uma ofensiva militar em território da Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades. Fala-se já em pelo menos meia centena de mortos, 10 dos quais civis, em território ucraniano, segundo Kiev.

Putin disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa "desmilitarizar e desnazificar" o seu vizinho e que era a única maneira de o país se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário, dependendo dos seus "resultados" e "relevância".

O ataque foi de imediato condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, da NATO, UE e Conselho de Segurança da ONU.

 

 

 


Fonte:da Redação e da Rfi
Reeditado para:Noticias do Stop 2022
Outras fontes • AFP, AP, TASS, EBS
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