A aprovação da força internacional para o Haiti, que vai apoiar a polícia local, foi saudada na noite de segunda-feira após a decisão do Conselho de Segurança, com 13 votos a favor e duas abstenções, a China e a Rússia, numa altura em que a violência no país atinge patamares preocupantes.
Esta violência é marcada por conflitos constantes entre os gangues que se apoderaram das estradas mais importantes do país e a população que faz cada vez mais justiça pelas próprias mãos. Entre os quase 3.000 mortos vítimas desta violência entre Outubro de 2022 e Junho de 2023, contam-se 80 crianças, segundo um relatório publicaod neste Verão pelo secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres.
A embaixadora dos Estados Unidos nas Nações Unidas, Linda Thomas-Greenfield, qualificou esta decisão como "histórica", mas a China mostra-se mais ceptica já que acusa o Haiti de não ter um Governo legítimo, que "preste contas" à sociedade internacional. "Podemos dar todo o apoio internacional, mas isso não vai ajudar em nada de forma sustentável o país", disse o embaixador chinês, Zhang Jun.
No entanto, esta força que deverá melhorar a segurança do país para permitir a realização de eleições, que não acontecem desde 2016, e também poderá implementar medidas de urgência temporárias, ainda não tem data para chegar. Por enquanto, apenas o Quénia se mostrou interessado em liderar esta missão, enviando 1.000 homens para o terreno, com a Jamaica, as Bahamas e o arquipélago de Antígua e Barbuda a também se mostratem disponíveis para integrar esta missão que deve alcançar os 2.000 soldados.
Já os Estados Unidos disseram explicitamente que estão dispostos a ajudar com armas e equipamento, mas não com homens e mulheres das suas Forças Armadas.
Nesta resolução dos Conselho de Segurança, a China forçou os restantes parceiros a alargarem o embargo às armas, até aqui apenas destinados aos membros do gangues, a toda a população, com Pequim a considerar que um dos passos mais importantes para travar a violência no país é travar o tráfico de armas no Haiti.
Fonte:da Redação e da RFI
Reeditado para:Noticias do Stop 2023
Outras fontes • AFP, AP, TASS, EBS
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