As alterações, cerca de 400 em 60 capítulos, dizem respeito a algumas das questões mais espinhosas das tratativas, como a reintegração dos guerrilheiros na sociedade e a forma de justiça que será adotada. No entanto, as mudanças que foram feitas só devem ser totalmente conhecidas nos próximos dias.
Grande satisfação
O Ministério das Relações Exteriores do Brasil informou ter recebido com grande satisfação o novo acordo entre Colômbia e Farc, manifestando também a disposição do Brasil em contribuir com a paz no país vizinho.
Em nota, o Itamaraty expressou ter "esperança" no apoio dos colombianos à versão que revisa o acordo rejeitado em referendo no mês passado.
O governo brasileiro, ainda segundo a nota do Itamaraty, manifestou ainda a expectativa de que o "espírito de boa vontade e de reconciliação nacional prevaleça durante a implementação do acordo de paz".
"Como sempre, o Brasil continuará a contribuir, na medida de suas possibilidades e de acordo com o que solicite o governo colombiano, para que a paz chegue definitivamente à Colômbia, país vizinho e amigo ao qual, neste momento histórico, reiteramos nossas felicitações e nossa solidariedade", conclui a nota emitida pelo Ministério das Relações Exteriores.
Acordo anterior rejeitado
O acordo anterior, que rendeu ao presidente Juan Manuel Santos o prêmio Nobel da Paz, havia sido assinado em 26 de setembro, em Cartagena das Índias, mas acabou rejeitado por pouco mais de 50% dos eleitores que foram às urnas no referendo de 2 de outubro. Um dos líderes da campanha pelo "não" foi o antecessor de Santos, Álvaro Uribe.
Depois da recusa no referendo, os dois lados voltaram a se reunir em Havana para novas negociações, culminando no acordo do último sábado. O conflito entre Colômbia e as Farc já dura 52 anos e deixou cerca de 220 mil mortos, na guerra mais longeva e sangrenta da América Latina.
Fonte:Estadão Conteúdo
Reditado para:Noticias Stop 2016
Fotografias:Getty Images / Reuters /EFE