Alain Delon foi um ícone da história da 7ª Arte. Trabalhou com Luchino Visconti, Michelangelo Antonioni, Louis Malle, René Clément, Jean-Pierre Melville, Jean-Luc Godard, Romy Schneider, Monica Vitti, Claudia Cardinale, Jean-Paul Belmondo, Jean Gabin e tantos outros. Foi considerado "o homem mais bonito da história do cinema”, mas tinha uma
personalidade reaccionária que nunca escondeu. Guillaume Bourgois, professor de Estudos Fílmicos, falou-nos sobre a “força magnética” e “tenebrosa” de Alain Delon.
Alain Delon foi descrito como “o homem mais bonito da história do cinema” pela revista New Yorker, enquanto o jornal Corriere della Sera fala de uma lenda e de "estrela bela e maldita”. O El Pais recorda uma “aura incomparável” e “um ícone do cinema europeu conhecido pelo seu talento e pelo seu poder de sedução”, mas não esquece os seus comentários machistas e homofóbicos, nem a sua amizade declarada com a figura da extrema-direita francesa Jean-Marie Le Pen.
O francês, que morreu aos 88 anos, entrou na 7ª Arte “por acidente” – dizia ele - e acabou por ser um dos seus protagonistas mais lendários. Foi actor em cerca de 90 filmes, foi realizador, produtor e até argumentista. Trabalhou com os melhores e maiores realizadores do seu tempo: Luchino Visconti, Michelangelo Antonioni, Louis Malle, René Clément, Jean-Pierre Melville, Alain Cavalier, Jean-Luc Godard. A sua história também cruzou os maiores actores de então: Romy Schneider, Monica Vitti, Claudia Cardinale, Jean-Paul Belmondo, Jean Gabin. As suas personagens integram o panteão de símbolos universais: Delon foi "O Leopardo", "Rocco", "Monsieur Klein", "O Samurai" e tantos outros.
Neste programa, Guillaume Bourgois, professor de Estudos Fílmicos na Universidade de Grenoble, falou-nos sobre “a força magnética” e “misteriosa” de Alain Delon, um autodidacta que se tornou num dos monstros sagrados do cinema francês e europeu.
Alain Delon foi um actor e uma figura importantíssima da história do cinema, especialmente da história do cinema moderno, desse novo cinema que aparece nos anos 60. Foi, sobretudo, graças a Visconti que o mundo ficou a conhecer o Alain Delon. Ele convidou Alain Delon a participar no “Rocco e i suoi fratelli” que é um filme extraordinário. Eu acho que foi mesmo o Visconti que descobriu a força magnética, quase aristocrática, que tinha o Delon na interpretação dele, na intensidade dos seus olhares, dos seus gestos. Depois, grande parte dos cineastas mais importantes foram sempre buscar essa energia, essa dimensão tenebrosa, misteriosa, enigmática que tinha o Delon e que fez com que ele pudesse ter essas interpretações extraordinárias nos papéis mais famosos.
Alain Delon foi um artista que “fez avançar o cinema moderno”, mas também construiu “uma personalidade mediática extremamente egocêntrica”. O actor falava de si na terceira pessoa e inscreveu-se numa “tendência reaccionária da história da indústria cinematográfica francesa que sempre existiu de contestação dos meios de esquerda que estavam a tentar utilizar o cinema para desenvolver as suas ideias”. Defendeu, várias vezes, as posições do amigo Jean-Marie Le Pen, líder da extrema-direita francesa, e nunca refreou comentários machistas e homofóbicos.
“Nos anos 90, essa legitimação [da extrema-direita] não existia e houve figuras que participaram francamente e de forma assumida para essa legitimação. Alain Delon foi uma delas, outra foi Brigitte Bardot. É sempre importante relembrarmos isso quando se fala do Alain Delon”, acrescenta o professor de Estudos Fílmicos.
Neste programa, oiça a entrevista a Guillaume Bourgois sobre quem foi Alain Delon, quais foram os principais filmes, papéis e o legado que ele deixa para o mundo do cinema.
Fonte:da Redação e da rfi
Reeditado para:Noticias do Stop 2024
Outras fontes • AFP, AP, TASS, EBS
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