Em entrevista para perspetivar a evolução da economia de Angola, o economista que lidera o Gabinete de Estudos Económicos do BFA disse que a estimativa do banco aponta “para um crescimento em 2022 entre os 3% e os 4%, no global, sendo mais forte do lado não petrolífero, e menos forte do lado petrolífero”.
O aumento dos preços do petróleo que se verifica no início deste ano, consistentemente acima dos 80 dólares por barril, origina “mais divisas, e mais folga nas contas do Estado”, o que, pela via cambial, potencia “um Kwanza mais forte, estável, com confiança para investidores e consumidores e aumento do poder de compra”. Para além do petróleo, o BFA estima que outros dois setores vão continuar a sustentar o crescimento da economia não petrolífera: “a agricultura, em que há crescimento homólogo já há 10 trimestres consecutivos, e começa a observar-se muitos investimentos e maior crédito, e o setor mineiro, onde vemos alguns novos investimentos também fora do setor dos diamantes.
Questionado sobre se considera que a economia saiu da recessão já no final do ano passado, José Miguel Cerdeira respondeu que “sim, sobretudo fora do setor petrolífero, estando a caminho de recuperar o que perdeu na pandemia“. O crescimento, acrescentou, “terá sido ligeiro, mas sobretudo devido a esta questão contabilística do PIB petrolífero, em que se dá o fenómeno curioso de Angola produzir menos barris de petróleo (que leva o PIB para baixo), mas o preço subiu muitíssimo – o setor produziu mais receitas, mais divisas, mais impostos, e isso tem efeitos positivos no resto da economia”.
Questionado sobre a evolução da moeda angolana e as previsões para este ano, José Miguel Cerdeira lembrou que o kwanza ganhou 17,1% ao dólar e 26,7% ao euro no ano passado, depois de vários anos a perder terreno e a diminuir o poder de compra dos angolanos.
“A nossa expectativa para 2022 é ainda algo incerta, mas esperamos uma pressão para apreciação, ou seja, que o Kwanza ganhe valor no primeiro semestre, que esperamos reverter-se na segunda metade do ano; no global, achamos que as pressões para o Kwanza ganhar valor serão iguais ou maiores que as pressões para perder valor, mas prevemos relativa estabilidade”, disse o economista, salientando, ainda assim, que “esta nossa perspetiva depende de um preço do barril um pouco acima dos 70 dólares, em média, pelo que se o preço estiver permanentemente acima dos 80 dólares, a pressão para que o Kwanza aprecie vai ser mais forte do que a nossa expectativa atual”.
Fonte:da Redação e da angonoticias
Reeditado para:Noticias do Stop 2022
Outras fontes • AFP, AP, TASS, EBS
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