nesta tarefa, informou nesta quinta-feira a imprensa oficial chinesa.
Lideradas pelo professor da Escola de Arquitetura da Universidade de Tsinghua Guo Daiheng, 80 pessoas revisaram dez mil arquivos históricos, quatro mil plantas e dois mil modelos digitais para poder “reconstruir” o palácio, cujas ruínas ainda podem ser visitadas no norte de Pequim.
Apesar do grande esforço, só foi possível restaurar 60% do monumento, já que o resto da construção não é recuperável “devido à falta de dados”, apontou Guo em declarações ao jornal “Diário do Povo”.
Os interessados em conhecer as formas do antigo palácio podem fazê-lo utilizando óculos de realidade virtual pelo preço de 30 iuanes (R$ 13).
A experiência dá uma visão cronológica muito especial do monumento, já que alguns edifícios do Antigo Palácio de Verão foram reformados por ordem de vários imperadores e a recriação tentou mostrar todas essas diferentes versões.
Construído no início do século XVIII, o Antigo Palácio de Verão (Yuanmingyuan) era um complexo de edifícios e jardins que combinava desenhos tradicionais chineses com a arquitetura europeia da época, levada à China pelo jesuíta italiano Giuseppe Castiglione.
O palácio foi saqueado e destruído por soldados franceses e ingleses em 1860, durante a Segunda Guerra do Ópio, por ordem do vice-rei britânico na Índia, o Conde de Elgin.
Nas últimas décadas, algumas vozes pediram que o palácio fosse reconstruído para recuperar o patrimônio imperial e fomentar o turismo, mas as autoridades preferem mantê-lo em ruínas para que continue sendo um símbolo das invasões estrangeiras sofridas pela China nos séculos XIX e XX.
O Antigo Palácio de Verão não deve ser confundido com o Palácio de Verão, situado a poucos quilômetros, um dos principais pontos turísticos da capital chinesa e parte da lista de Patrimônio Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
Fonte:Por EFE
Reditado para:Noticias do Stop 2017
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