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Domingo, dez.

Esboços da Bíblia - Livro de Naum

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7 anos 11 meses atrás #264 por Malaquias
Esboços da Bíblia - Livro de Naum foi criado por Malaquias
Naum (Na)


Este livro é uma profética “pronúncia contra Nínive”, capital do Império Assírio. Este livro bíblico foi escrito por Naum, o elcosita. (Na 1:1) O cumprimento histórico daquela pronúncia profética atesta a autenticidade do livro. Algum tempo depois de a cidade egípcia de Nô-Amom (Tebas) sofrer uma humilhante derrota no sétimo século aC (3:8-10), escreveu-se o livro de Naum, completado antes da predita destruição de Nínive em 632 aC.

Harmonia com Outros Livros da Bíblia. O livro de Naum concorda plenamente com o restante das Escrituras em descrever Senhor como “Deus que exige devoção exclusiva”, que é “vagaroso em irar-se e grande em poder”, mas de modo algum se refreia de punir. (Na 1:2, 3; compare isso com Êx 20:5; 34:6, 7; Jó 9:4; Sl 62:11.) “Deus é bom, baluarte no dia da aflição. E ele tem conhecimento dos que procuram refugiar-se nele.” (Na 1:7; compare isso com Sl 25:8; 46:1; Is 25:4; Mt 19:17.) Estas qualidades são claramente manifestadas em ele libertar os israelitas da opressão assíria e em executar vingança na Nínive culpada de sangue, depois de um considerável tempo de tolerância.
São também dignas de nota as similaridades entre o capítulo 1 de Naum e o Salmo 97. As palavras de Isaías (10:24-27; 30:27-33), a respeito do julgamento de Deus contra a Assíria, são até certo ponto paralelas aos capítulos 2 e 3 de Naum. Compare também Is 52:7; Na 1:15; Ro 10:15.

Fundo Histórico. Embora se assegurasse ao Rei Acaz, que não tinha fé, que a conspiração do rei sírio Rezim e do rei israelita Peca fracassaria na tentativa de depô-lo como rei (Is 7:3-7), ele imprudentemente apelou para o rei assírio Tiglate-Pileser III (Tilgate-Pilneser) em busca de ajuda. Por fim, esta ação “causou-lhe aflição, e não o fortaleceu”, porque Judá passou a estar sob o pesado jugo da Assíria. (2Cr 28:20, 21) Mais tarde, o filho e sucessor de Acaz, Ezequias, rebelou-se contra o domínio assírio. (2Rs 18:7) Depois disso, o monarca assírio, Senaqueribe, invadiu Judá e tomou uma cidade fortificada após outra, resultando numa extensa desolação do país. (Veja Is 7:20, 23-25; 8:6-8; 36:1, 2.) O próximo rei de Judá, Manassés, foi capturado por chefes do exército assírio e levado a Babilônia (então sob controle assírio). 2Cr 33:11.
Visto que Judá tinha assim sofrido por muito tempo sob a mão pesada da Assíria, a profecia de Naum a respeito da iminente destruição de Nínive era boas novas. Naum escreveu como se a Assíria já tivesse sofrido a queda: “Eis sobre os montes os pés daquele que traz boas novas, aquele que publica a paz. Ó Judá, celebra as tuas festividades. Paga os teus votos; porque não mais passará por ti nenhum imprestável. Certamente será decepado na sua inteireza.” (Na 1:15) Não haveria mais interferência por parte dos assírios; nada impediria os judeus de assistir ou de celebrar as festividades. Sua libertação do opressor assírio seria completa. (Veja Na 1:9.) Também, todos os outros povos que soubessem da destruição de Nínive haveriam de “bater palmas”, ou regozijar-se, com a calamidade dela, porque a maldade da cidade causara-lhes muitos sofrimentos. 3:19.
A agressividade militar dos assírios tornara Nínive uma “cidade de derramamento de sangue”. (Na 3:1) Seu tratamento dos cativos de guerra era cruel e desumano. Alguns eram queimados ou esfolados vivos. Outros eram cegados ou se lhes cortavam o nariz, as orelhas ou os dedos. Freqüentemente, os cativos eram conduzidos por cordões com ganchos que furavam o nariz ou os lábios. Deveras, Nínive merecia ser destruída pela sua culpa de sangue.

DESTAQUES DE NAUM

Pronúncia contra Nínive, capital da Assíria.
Escrito algum tempo antes de Nínive ser destruída em 632 aC.

Deus executa vingança nos seus adversários. (1:1-6)
Deus exige devoção exclusiva; embora seja vagaroso em irar-se, não se refreia de punir quando isto é merecido.
Ninguém pode ficar de pé contra o calor da Sua ira; diante dele o mar se resseca, os montes tremem, os morros se derretem, a terra é sublevada.

A execução dos iníquos dá alívio aos que esperam em Deus. (1:73:19)
Deus é baluarte protetor para os que confiam nele, mas exterminará os inimigos.
Anunciar-se-ão boas novas a Judá; o “imprestável” será decepado, e a adoração verdadeira será realizada sem impedimento.
Deus recolherá os seus, mas Nínive será assolada e seus carros de guerra serão queimados.
A cidade culpada de sangue será saqueada como punição pelos seus pecados; nada poderá salvá-la, seus guerreiros ficaram como mulheres.
O golpe infligido ao rei da Assíria ficou incurável.

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