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Esboços da Bíblia - Livro de Daniel
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7 anos 11 meses atrás #257 por Malaquias
Esboços da Bíblia - Livro de Daniel foi criado por Malaquias
Daniel (Dn)
Livro profético colocado nas Bíblias em português entre os profetas maiores, logo depois de Ezequiel. Esta é a ordem seguida na Septuaginta grega e na Vulgata latina. No cânon hebraico, Daniel está entre os “Escritos” ou “Hagiógrafos”.
Escritor. Que Daniel foi o escritor é evidenciado pelo próprio livro. Este relata: “No primeiro ano de Belsazar, rei de Babilônia, o próprio Daniel teve um sonho e visões da sua cabeça, sobre a sua cama. Naquele tempo ele anotou o próprio sonho. Fez o relato completo dos assuntos.” (Da7:1) Ser ele o escritor é também evidente de os capítulos 7 a 12 de Daniel terem sido escritos na primeira pessoa.
Os Dan. capítulos 1 a 6 são escritos na terceira pessoa, mas isso não argumenta contra terem sido escritos por Daniel. Ele assumiu a posição de observador que relatava o que acontecia a ele e a outros. Outro escritor bíblico, Jeremias, faz isso freqüentemente. (Veja Jr 20:1-6; 21:1-3; e Jr caps. 26, 36.) Também Jeremias escreve na primeira pessoa. Jr 1, 13, 15, 18.
Cenário e Tempo da Escrita. O cenário do livro é Babilônia, com uma das visões ocorrendo em Susã, junto ao rio Ulai. Não está claro se Daniel estava mesmo em Susã ou se estava ali de modo visionário.
Autenticidade. Alguns críticos questionam a autenticidade de Daniel, adotando a posição de um filósofo pagão e inimigo do cristianismo, do terceiro século, Porfírio, que afirmava que o livro de Daniel foi forjado por um judeu palestino do tempo de Antíoco Epifânio. Este forjador, teorizava ele, tomou eventos passados e os fez parecer profecias. A genuinidade do livro de Daniel, porém, nunca foi seriamente questionada, desde aquele tempo até o princípio do século 18. A aceitação do próprio Jesus Cristo da profecia de Daniel é evidência ainda mais significativa da autenticidade do livro. Mt 24:15; Dn 11:31.
Historicidade. Diversos manuscritos de partes do livro de Daniel foram encontrados nas cavernas do mar Morto. O manuscrito mais antigo data da primeira metade do primeiro século aC; o livro de Daniel era uma parte aceita das Escrituras naquele tempo e era tão bem conhecido aos judeus, que já se haviam feito muitas cópias dele. Que era reconhecido como livro canônico daquele tempo é apoiado pelo escritor do livro apócrifo, mas histórico, de Primeiro Macabeus (2:59, 60), que faz referência ao livramento de Daniel da cova dos leões, e àquele dos três hebreus da fornalha ardente.
Dispomos também do testemunho do historiador judeu Josefo, que declara que as profecias de Daniel foram mostradas a Alexandre, o Grande, quando entrou em Jerusalém. Isto ocorreu por volta de 332 aC, mais de 150 anos antes do período macabeu. Josefo diz a respeito deste evento: “Quando lhe foi mostrado o livro de Daniel, onde Daniel declarava que um dos gregos destruiria o império dos persas, ele supôs ser ele próprio a pessoa indicada.” (Jewish Antiquities [Antiguidades Judaicas], XI, 337 [viii, 5]) A história relata também que Alexandre concedeu grandes favores aos judeus, e crê-se que isto se deu por causa do que Daniel disse sobre ele na profecia.
Língua. Daniel 1:12:4a e Dn 8:112:13 foram escritos em hebraico, ao passo que Daniel 2:4b7:28 foi escrito em aramaico. A respeito do vocabulário usado na parte aramaica de Daniel, The International Standard Bible Encyclopedia (A Enciclopédia Bíblica Padrão Internacional; Vol. 1, p. 860) diz: “Examinando-se o vocabulário aramaico de Daniel, podem-se atestar logo nove décimos dele à base de inscrições semíticas ocidentais, ou de papiros do 5.° séc. a.C., ou anteriores. As palavras remanescentes foram encontradas em fontes tais como o aramaico nabateu ou palmireno, que são posteriores ao 5.° séc. a.C. Embora seja pelo menos teoricamente possível que este pequeno restante do vocabulário se tenha originado repentinamente após o 5.° séc. a.C., pode-se igualmente argumentar a favor desde uma forma escrita do 5.° século a.C. até uma anterior forma oral. A explanação bem mais provável, porém, é que o décimo faltante não representa nada mais sério do que uma lacuna no nosso conhecimento atual da situação lingüística, que podemos confiantemente esperar ser preenchida no decorrer do tempo.” Editada por G. Bromiley, 1979.
Há algumas palavras chamadas persas em Daniel, mas, em vista dos freqüentes contatos dos judeus com babilônios, medos, persas e outros, isto não é incomum. Além disso, a maioria dos nomes estrangeiros usados por Daniel são nomes de altos funcionários, artigos de vestimenta, termos jurídicos e coisas assim, para os quais o hebraico ou o aramaico daquele tempo evidentemente não tinham adequados termos correspondentes. Daniel escreveu para os do seu povo, que se encontravam na maior parte em Babilônia, e muitos deles estavam na época espalhados em outros lugares. Portanto, escreveu numa linguagem entendida por eles.
Doutrinal. Alguns críticos objetam a que Daniel aluda à ressurreição. (Dn 12:13) Eles presumem que se trata duma doutrina desenvolvida mais tarde, ou adotada duma crença pagã, mas a referência em Daniel está de acordo com o restante das Escrituras Hebraicas, que contêm declarações de crença na ressurreição. (Jó 14:13, 15; Sl 16:10) Houve também casos reais de ressurreição. (1Rs 17:21, 22; 2Rs 4:22-37; 13:20, 21) E em nada menos do que a autoridade do apóstolo Paulo temos a declaração de que Abraão tinha fé na ressurreição dos mortos (He 11:17-19) e que também outros servos fiéis de Deus, da antiguidade, aguardavam a ressurreição. (Hb 11:13, 35-40; Rm 4:16, 17) O próprio Jesus disse: “Mas, que os mortos são levantados, até mesmo Moisés expôs, no relato sobre o espinheiro, quando ele chama Deus de ‘o Deus de Abraão, e o Deus de Isaque, e o Deus de Jacó’.” Lc 20:37.
Aqueles que afirmam que o livro realmente não é profético, mas foi escrito depois da ocorrência dos eventos, teriam de avançar o tempo da escrita para depois dos dias do ministério de Jesus na terra, porque o nono capítulo de Daniel admitidamente contém uma profecia a respeito do aparecimento e do sacrifício do Messias. (Dn 9:25-27) Também, a profecia prossegue e relata a história dos reinos que estariam governando até o “tempo do fim”, quando seriam destruídos pelo Reino de Deus nas mãos do Seu Messias. Dn 7:9-14, 25-27; 2:44; 11:35, 40.
Valor do Livro. Daniel é notável no seu registro de períodos proféticos: As 69 semanas (de anos) desde o decreto da reconstrução de Jerusalém até a vinda do Messias; os eventos a ocorrer dentro da 70.a semana, e a destruição de Jerusalém logo depois (Dn 9:24-27); os “sete tempos”, que Jesus chamou de “os tempos designados das nações” e indicou que ainda vigoravam no tempo em que ele estava na terra, os quais terminariam num tempo muito posterior (Dn 4:25; Lc 21:24); os períodos de 1.290, 1.335 e 2.300 dias; e “um tempo designado, tempos designados e uma metade”. Todas estas profecias a respeito de tempos são vitais para o entendimento dos tratos de Deus com o seu povo. Dn 12:7, 11, 12; 8:14
.Daniel fornece-nos também pormenores sobre a ascensão e a queda de potências mundiais, desde o tempo da antiga Babilônia até o tempo em que o Reino de Deus as esmagará, eliminando-as para sempre. A profecia chama atenção para o Reino de Deus, nas mãos do Seu Rei designado e dos “santos” associados deste, como o governo que durará para sempre, para a bênção de todos os que servem a Deus. Da 2:44; 7:13, 14, 27.
A interpretação inspirada do anjo a respeito da profecia referente a animais representando potências mundiais (Dn 7:3-7, 17, 23; 8:20, 21) é de grande ajuda para o entendimento dos simbolismos das feras em Revelação (Apocalipse). Ap 13:1-18).
O registro de Daniel sobre a libertação dos seus três companheiros da fornalha ardente, por se negarem a se curvar diante da grande imagem de ouro, erigida por Nabucodonosor (Da 3), é um relato sobre o estabelecimento legal do direito dos adoradores de Deus, de dar devoção exclusiva a Ele, no domínio da primeira potência mundial durante os “tempos dos gentios”. Ajuda também os cristãos a discernir que sua sujeição às autoridades superiores, conforme mencionada em Romanos 13:1, é relativa, o que está também em harmonia com a atuação dos apóstolos em Atos 4:19, 20, e Atos 5:29. Fortalece os cristãos na sua posição de neutralidade com respeito aos assuntos das nações, revelando que sua neutralidade pode causar-lhes dificuldades, mas, quer Deus os liberte naquela ocasião, quer mesmo permita que sejam mortos por causa da sua integridade, a posição dos cristãos é que adorarão e servirão apenas a Deus. Dn 3:16-18.
DESTAQUES DE DANIEL
Profecias sobre a ascensão e a queda de governos humanos, desde a antiga Babilônia até que o Reino de Deus esmague a todos eles e assuma o governo do mundo.
Escrito por Daniel, que estava em Babilônia a partir de 607 aC, até depois que os exilados judeus retornaram a Jerusalém.
Daniel e três companheiros dele, exilados em Babilônia, demonstram integridade para com Deus.
Enquanto são preparados para servir na corte de Nabucodonosor, abstêm-se do vinho e das iguarias dele; Deus os favorece com conhecimento e perspicácia. (1:1-21)
Sadraque, Mesaque e Abednego negam-se a participar na adoração da gigantesca imagem de Nabucodonosor; dizem firmemente ao rei irado que não adorarão os deuses dele; ele manda que sejam amarrados e lançados na fornalha superaquecida; anjo liberta-os ilesos. (3:1-30)
Altos funcionários ciumentos tramam contra Daniel; apesar de um interdito proibi-lo, este continua a orar ao seu Deus e não procura esconder isso; ele é lançado na cova dos leões; anjo liberta-o ileso. (6:1-28)
Sonhos e visões proféticos apontam para o Reino de Deus nas mãos do Seu Messias.
Uma imensa estátua é esmagada por uma pedra cortada, sem mãos, dum monte; a estátua retrata a sucessão de potências mundiais começando com Babilônia e terminando com todas elas serem esmiuçadas e substituídas pelo Reino de Deus. (2:1-49)
Uma enorme árvore é cortada e enfaixada por sete tempos; cumpre-se inicialmente quando o rei fica demente e vive como animal, por sete anos, até que reconhece que o Altíssimo é Governante no reino da humanidade, e que Ele dá o domínio a quem quiser. (4:1-37)
Uma escrita à mão aparece na parede quando Belsazar usa vasos do templo de Deus para brindar seus deuses ídolos; Daniel é chamado, censura destemidamente o rei, explica a escrita, dizendo-lhe que o reino dele foi entregue aos medos e aos persas. (5:1-31)
A marcha das potências mundiais é retratada por leão, urso, leopardo, animal atemorizante com dez chifres, e por um chifre pequeno saindo da cabeça deste último animal; daí, o Antigo de Dias dá o domínio sobre todos os povos a alguém semelhante a um filho de homem. (7:1-28)
Carneiro, bode e chifre pequeno representam potências mundiais que sucedem a Babilônia; chifre pequeno desafia o Príncipe do exército dos céus, depois é quebrado sem mão. (8:1-27)
Setenta semanas (de anos); depois de 7 + 62 semanas, o Messias há de aparecer e depois ser decepado; pacto (abraâmico) a ser mantido em vigor, por uma semana, exclusivamente para com os judeus. (9:1-27)
Luta entre o rei do norte e o rei do sul, Miguel põe-se de pé como libertador, e eventos que se seguem. (10:1-12:13)
Estátua do sonho de Nabucodonosor
Livro profético colocado nas Bíblias em português entre os profetas maiores, logo depois de Ezequiel. Esta é a ordem seguida na Septuaginta grega e na Vulgata latina. No cânon hebraico, Daniel está entre os “Escritos” ou “Hagiógrafos”.
Escritor. Que Daniel foi o escritor é evidenciado pelo próprio livro. Este relata: “No primeiro ano de Belsazar, rei de Babilônia, o próprio Daniel teve um sonho e visões da sua cabeça, sobre a sua cama. Naquele tempo ele anotou o próprio sonho. Fez o relato completo dos assuntos.” (Da7:1) Ser ele o escritor é também evidente de os capítulos 7 a 12 de Daniel terem sido escritos na primeira pessoa.
Os Dan. capítulos 1 a 6 são escritos na terceira pessoa, mas isso não argumenta contra terem sido escritos por Daniel. Ele assumiu a posição de observador que relatava o que acontecia a ele e a outros. Outro escritor bíblico, Jeremias, faz isso freqüentemente. (Veja Jr 20:1-6; 21:1-3; e Jr caps. 26, 36.) Também Jeremias escreve na primeira pessoa. Jr 1, 13, 15, 18.
Cenário e Tempo da Escrita. O cenário do livro é Babilônia, com uma das visões ocorrendo em Susã, junto ao rio Ulai. Não está claro se Daniel estava mesmo em Susã ou se estava ali de modo visionário.
Autenticidade. Alguns críticos questionam a autenticidade de Daniel, adotando a posição de um filósofo pagão e inimigo do cristianismo, do terceiro século, Porfírio, que afirmava que o livro de Daniel foi forjado por um judeu palestino do tempo de Antíoco Epifânio. Este forjador, teorizava ele, tomou eventos passados e os fez parecer profecias. A genuinidade do livro de Daniel, porém, nunca foi seriamente questionada, desde aquele tempo até o princípio do século 18. A aceitação do próprio Jesus Cristo da profecia de Daniel é evidência ainda mais significativa da autenticidade do livro. Mt 24:15; Dn 11:31.
Historicidade. Diversos manuscritos de partes do livro de Daniel foram encontrados nas cavernas do mar Morto. O manuscrito mais antigo data da primeira metade do primeiro século aC; o livro de Daniel era uma parte aceita das Escrituras naquele tempo e era tão bem conhecido aos judeus, que já se haviam feito muitas cópias dele. Que era reconhecido como livro canônico daquele tempo é apoiado pelo escritor do livro apócrifo, mas histórico, de Primeiro Macabeus (2:59, 60), que faz referência ao livramento de Daniel da cova dos leões, e àquele dos três hebreus da fornalha ardente.
Dispomos também do testemunho do historiador judeu Josefo, que declara que as profecias de Daniel foram mostradas a Alexandre, o Grande, quando entrou em Jerusalém. Isto ocorreu por volta de 332 aC, mais de 150 anos antes do período macabeu. Josefo diz a respeito deste evento: “Quando lhe foi mostrado o livro de Daniel, onde Daniel declarava que um dos gregos destruiria o império dos persas, ele supôs ser ele próprio a pessoa indicada.” (Jewish Antiquities [Antiguidades Judaicas], XI, 337 [viii, 5]) A história relata também que Alexandre concedeu grandes favores aos judeus, e crê-se que isto se deu por causa do que Daniel disse sobre ele na profecia.
Língua. Daniel 1:12:4a e Dn 8:112:13 foram escritos em hebraico, ao passo que Daniel 2:4b7:28 foi escrito em aramaico. A respeito do vocabulário usado na parte aramaica de Daniel, The International Standard Bible Encyclopedia (A Enciclopédia Bíblica Padrão Internacional; Vol. 1, p. 860) diz: “Examinando-se o vocabulário aramaico de Daniel, podem-se atestar logo nove décimos dele à base de inscrições semíticas ocidentais, ou de papiros do 5.° séc. a.C., ou anteriores. As palavras remanescentes foram encontradas em fontes tais como o aramaico nabateu ou palmireno, que são posteriores ao 5.° séc. a.C. Embora seja pelo menos teoricamente possível que este pequeno restante do vocabulário se tenha originado repentinamente após o 5.° séc. a.C., pode-se igualmente argumentar a favor desde uma forma escrita do 5.° século a.C. até uma anterior forma oral. A explanação bem mais provável, porém, é que o décimo faltante não representa nada mais sério do que uma lacuna no nosso conhecimento atual da situação lingüística, que podemos confiantemente esperar ser preenchida no decorrer do tempo.” Editada por G. Bromiley, 1979.
Há algumas palavras chamadas persas em Daniel, mas, em vista dos freqüentes contatos dos judeus com babilônios, medos, persas e outros, isto não é incomum. Além disso, a maioria dos nomes estrangeiros usados por Daniel são nomes de altos funcionários, artigos de vestimenta, termos jurídicos e coisas assim, para os quais o hebraico ou o aramaico daquele tempo evidentemente não tinham adequados termos correspondentes. Daniel escreveu para os do seu povo, que se encontravam na maior parte em Babilônia, e muitos deles estavam na época espalhados em outros lugares. Portanto, escreveu numa linguagem entendida por eles.
Doutrinal. Alguns críticos objetam a que Daniel aluda à ressurreição. (Dn 12:13) Eles presumem que se trata duma doutrina desenvolvida mais tarde, ou adotada duma crença pagã, mas a referência em Daniel está de acordo com o restante das Escrituras Hebraicas, que contêm declarações de crença na ressurreição. (Jó 14:13, 15; Sl 16:10) Houve também casos reais de ressurreição. (1Rs 17:21, 22; 2Rs 4:22-37; 13:20, 21) E em nada menos do que a autoridade do apóstolo Paulo temos a declaração de que Abraão tinha fé na ressurreição dos mortos (He 11:17-19) e que também outros servos fiéis de Deus, da antiguidade, aguardavam a ressurreição. (Hb 11:13, 35-40; Rm 4:16, 17) O próprio Jesus disse: “Mas, que os mortos são levantados, até mesmo Moisés expôs, no relato sobre o espinheiro, quando ele chama Deus de ‘o Deus de Abraão, e o Deus de Isaque, e o Deus de Jacó’.” Lc 20:37.
Aqueles que afirmam que o livro realmente não é profético, mas foi escrito depois da ocorrência dos eventos, teriam de avançar o tempo da escrita para depois dos dias do ministério de Jesus na terra, porque o nono capítulo de Daniel admitidamente contém uma profecia a respeito do aparecimento e do sacrifício do Messias. (Dn 9:25-27) Também, a profecia prossegue e relata a história dos reinos que estariam governando até o “tempo do fim”, quando seriam destruídos pelo Reino de Deus nas mãos do Seu Messias. Dn 7:9-14, 25-27; 2:44; 11:35, 40.
Valor do Livro. Daniel é notável no seu registro de períodos proféticos: As 69 semanas (de anos) desde o decreto da reconstrução de Jerusalém até a vinda do Messias; os eventos a ocorrer dentro da 70.a semana, e a destruição de Jerusalém logo depois (Dn 9:24-27); os “sete tempos”, que Jesus chamou de “os tempos designados das nações” e indicou que ainda vigoravam no tempo em que ele estava na terra, os quais terminariam num tempo muito posterior (Dn 4:25; Lc 21:24); os períodos de 1.290, 1.335 e 2.300 dias; e “um tempo designado, tempos designados e uma metade”. Todas estas profecias a respeito de tempos são vitais para o entendimento dos tratos de Deus com o seu povo. Dn 12:7, 11, 12; 8:14
.Daniel fornece-nos também pormenores sobre a ascensão e a queda de potências mundiais, desde o tempo da antiga Babilônia até o tempo em que o Reino de Deus as esmagará, eliminando-as para sempre. A profecia chama atenção para o Reino de Deus, nas mãos do Seu Rei designado e dos “santos” associados deste, como o governo que durará para sempre, para a bênção de todos os que servem a Deus. Da 2:44; 7:13, 14, 27.
A interpretação inspirada do anjo a respeito da profecia referente a animais representando potências mundiais (Dn 7:3-7, 17, 23; 8:20, 21) é de grande ajuda para o entendimento dos simbolismos das feras em Revelação (Apocalipse). Ap 13:1-18).
O registro de Daniel sobre a libertação dos seus três companheiros da fornalha ardente, por se negarem a se curvar diante da grande imagem de ouro, erigida por Nabucodonosor (Da 3), é um relato sobre o estabelecimento legal do direito dos adoradores de Deus, de dar devoção exclusiva a Ele, no domínio da primeira potência mundial durante os “tempos dos gentios”. Ajuda também os cristãos a discernir que sua sujeição às autoridades superiores, conforme mencionada em Romanos 13:1, é relativa, o que está também em harmonia com a atuação dos apóstolos em Atos 4:19, 20, e Atos 5:29. Fortalece os cristãos na sua posição de neutralidade com respeito aos assuntos das nações, revelando que sua neutralidade pode causar-lhes dificuldades, mas, quer Deus os liberte naquela ocasião, quer mesmo permita que sejam mortos por causa da sua integridade, a posição dos cristãos é que adorarão e servirão apenas a Deus. Dn 3:16-18.
DESTAQUES DE DANIEL
Profecias sobre a ascensão e a queda de governos humanos, desde a antiga Babilônia até que o Reino de Deus esmague a todos eles e assuma o governo do mundo.
Escrito por Daniel, que estava em Babilônia a partir de 607 aC, até depois que os exilados judeus retornaram a Jerusalém.
Daniel e três companheiros dele, exilados em Babilônia, demonstram integridade para com Deus.
Enquanto são preparados para servir na corte de Nabucodonosor, abstêm-se do vinho e das iguarias dele; Deus os favorece com conhecimento e perspicácia. (1:1-21)
Sadraque, Mesaque e Abednego negam-se a participar na adoração da gigantesca imagem de Nabucodonosor; dizem firmemente ao rei irado que não adorarão os deuses dele; ele manda que sejam amarrados e lançados na fornalha superaquecida; anjo liberta-os ilesos. (3:1-30)
Altos funcionários ciumentos tramam contra Daniel; apesar de um interdito proibi-lo, este continua a orar ao seu Deus e não procura esconder isso; ele é lançado na cova dos leões; anjo liberta-o ileso. (6:1-28)
Sonhos e visões proféticos apontam para o Reino de Deus nas mãos do Seu Messias.
Uma imensa estátua é esmagada por uma pedra cortada, sem mãos, dum monte; a estátua retrata a sucessão de potências mundiais começando com Babilônia e terminando com todas elas serem esmiuçadas e substituídas pelo Reino de Deus. (2:1-49)
Uma enorme árvore é cortada e enfaixada por sete tempos; cumpre-se inicialmente quando o rei fica demente e vive como animal, por sete anos, até que reconhece que o Altíssimo é Governante no reino da humanidade, e que Ele dá o domínio a quem quiser. (4:1-37)
Uma escrita à mão aparece na parede quando Belsazar usa vasos do templo de Deus para brindar seus deuses ídolos; Daniel é chamado, censura destemidamente o rei, explica a escrita, dizendo-lhe que o reino dele foi entregue aos medos e aos persas. (5:1-31)
A marcha das potências mundiais é retratada por leão, urso, leopardo, animal atemorizante com dez chifres, e por um chifre pequeno saindo da cabeça deste último animal; daí, o Antigo de Dias dá o domínio sobre todos os povos a alguém semelhante a um filho de homem. (7:1-28)
Carneiro, bode e chifre pequeno representam potências mundiais que sucedem a Babilônia; chifre pequeno desafia o Príncipe do exército dos céus, depois é quebrado sem mão. (8:1-27)
Setenta semanas (de anos); depois de 7 + 62 semanas, o Messias há de aparecer e depois ser decepado; pacto (abraâmico) a ser mantido em vigor, por uma semana, exclusivamente para com os judeus. (9:1-27)
Luta entre o rei do norte e o rei do sul, Miguel põe-se de pé como libertador, e eventos que se seguem. (10:1-12:13)
Estátua do sonho de Nabucodonosor
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