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Domingo, dez.

Devem os cristãos celebrar o Natal?

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6 anos 11 meses atrás #384 por Malaquias
Devem os cristãos celebrar o Natal? foi criado por Malaquias
Pergunta: "Devem os cristãos celebrar o Natal?"

Resposta: O debate sobre se os cristãos devem ou não celebrar o Natal tem sido discutido por séculos. Há cristãos igualmente sinceros e comprometidos em ambos os lados da questão, cada um com várias razões por que o Natal deve (ou não) ser comemorado em lares cristãos. Entretanto, o que diz a Bíblia? A Bíblia dá uma direção clara quanto a se o Natal é um feriado para ser comemorado pelos cristãos?

Primeiro, vamos dar uma olhada em algumas razões por que alguns cristãos não celebram o Natal. Um argumento contra o Natal é que as tradições que cercam o feriado têm origem no paganismo. A busca por informações confiáveis sobre este tema é difícil porque as origens de muitas das nossas tradições são tão obscuras que as fontes muitas vezes se contradizem. Sinos, velas, azevinhos e decorações natalinas são mencionados na história do culto pagão, mas o seu uso no próprio lar certamente não indica um retorno ao paganismo. Embora algumas tradições definitivamente possuam raízes pagãs, existem muitas mais tradições associadas com o verdadeiro significado do Natal -- o nascimento do Salvador do mundo em Belém. Sinos são tocados para espalhar a alegre notícia, velas são acesas para lembrar-nos de que Cristo é a Luz do mundo (João 1:4-9), uma estrela é colocada no topo de uma árvore de Natal para simbolizar a Estrela de Belém e presentes são trocados para nos lembrar dos presentes dos Reis Magos a Jesus, o maior dom de Deus para a humanidade.

Um outro argumento contra o Natal, especialmente em ter uma árvore de Natal, é que a Bíblia proíbe trazer árvores a nossas casas e decorá-las. A passagem frequentemente citada é Jeremias 10:1-16, mas ela se refere a cortar árvores, esculpir a madeira para fazer um ídolo e em seguida decorar o ídolo com prata e ouro com a finalidade de curvar-se perante ele para adorá-lo (ver também Isaías 44:9-18). A passagem em Jeremias não pode ser retirada de seu contexto e usada para fazer um argumento legítimo contra as árvores de Natal.

Os cristãos que optam por ignorar o Natal apontam ao fato de que a Bíblia não nos dá a data do nascimento de Cristo, o que é certamente verdade. 25 de dezembro talvez não seja nem perto do tempo em que Jesus nasceu, e os argumentos de ambos os lados são inúmeros, alguns relacionados com o clima em Israel, com as práticas dos pastores no inverno e com as datas do censo romano. Nenhum desses pontos estão sem certa quantidade de conjectura, o que nos leva de volta ao fato de que a Bíblia não nos diz quando Jesus nasceu. Alguns veem isso como uma prova positiva de que Deus não queria que celebrássemos o nascimento, enquanto outros veem o silêncio da Bíblia sobre a questão como uma aprovação tácita.

Alguns cristãos dizem que já que o mundo comemora o Natal -- embora esteja ficando cada vez mais politicamente correto referir-se a ele como "boas festas" -- os cristãos devem evitá-lo. Entretanto, esse é o mesmo argumento feito por falsas religiões que negam a Cristo completamente, bem como pelas seitas (como as Testemunhas de Jeová) que negam a Sua divindade. Os cristãos que celebram o Natal muitas vezes veem a ocasião como uma oportunidade para proclamar Cristo como "a razão para a temporada" entre as nações e àqueles presos a falsas religiões.

Como vimos, não há nenhuma razão bíblica legítima para não celebrar o Natal. Ao mesmo tempo, também não há mandamento bíblico para celebrá-lo. No final, é claro, celebrar ou não o Natal é uma decisão pessoal. Qualquer que seja a resolução dos cristãos a respeito, os seus pontos de vista não devem ser usados como um bastão com o qual bater ou denegrir pessoas com opiniões contrárias, nem se deve enxergar certa opinião como um símbolo de honra que encoraje o orgulho por celebrar ou não. Como em todas as coisas, buscamos a sabedoria dAquele que a dá liberalmente a todos os que pedem (Tiago 1:5) e aceitamos uns aos outros em graça e amor cristão, independentemente das nossas opiniões sobre o Natal.

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