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O REINO DE DEUS E AS PARÁBOLAS – VI
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7 anos 11 meses atrás #200 por Malaquias
O REINO DE DEUS E AS PARÁBOLAS – VI foi criado por Malaquias
O Tesouro Escondido e A Pérola de Grande Valor
Leitura: Mateus 13.44-46
Versículo para Memorizar: Rm 5.7-8, “Porque apenas alguém morrerá por um justo; pois poderá ser que pelo bom alguém ouse morrer. Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.”
Essas duas parábolas demonstram uma lição primária que todo Cristão reconhece como estímulo básico para o seu culto a Deus, ou seja, o amor de Deus pelos Seus. O primeiro amor do Cristão é Cristo, o Salvador. Este amor do remido por Deus seu Redentor é precedido pelo eterno e soberano amor do Redentor pelo remido (I Jo 4.19, “Nós o amamos a Ele porque Ele nos amou primeiro”; Jr. 31.3). De tudo que essas parábolas ensinar, o grande valor que Deus coloca nos Seus é primordial.
Essa “tão grande salvação” (Hb. 2.3) é manifestada quando contempla a condição natural do homem que Deus ama. Esta criação que Deus formou do pó da terra também foi dada o domínio sobre tudo (Gn. 1.26). Este que tinha o domínio de tudo que foi criado, logo rebelou-se e fez a si mesmo a autoridade final do que era certo e errado (Gn. 3.6). Desde então o homem naturalmente é um rebelde abominável sem capacidade nenhuma para entender ou agradar a lei do seu Criador (Rm 8.6-8; I Co. 2.14). Tanto mais detalhadamente entendemos a malícia do pecado no homem, mais exaltamos o amor de Deus.
Essas parábolas não tratam do valor humano que o mundo acha no homem. A Bíblia não é antropocêntrica, ou seja, não considera o homem o centro ou a medida do Universo; sendo-lhe por isso destinado todas as coisas (Dicionário Aurélio Eletrônico, - Século XXI ver. 3.0, nov 1999). A Bíblia é teocêntrica, ou seja, tem Deus como centro de todas as coisas. Essas parábolas descrevem o Reino de Deus e não o reino do homem. Portanto essas parábolas descrevem o valor que o Rei coloca nos Seus.
O Valor dos que Estão no Reino ao Rei do Reino
O valor dos tesouros é tão desconhecido ao mundo quanto é desconhecido a existência destes tesouros. Ninguém vê valor nestes Filhos do Reino a não ser o Rei. Quando o mundo contempla aos que o Rei valoriza, não vêem nada de valioso. A Palavra de Deus que orienta os Filhos do Reino é desprezada pelo mundo. Também os Filhos do Reino não vêem valor em si mesmos. Eles não são ostentosos ou pomposos pois reconhecem as suas falhas e a tendência a pecar. Portanto, são pobres de espírito. Estes não se gabam dos seus feitos mas choram pelas suas falhas em obedecer melhor; não são determinados ou agressivos para si satisfazer, mas mansos; não são orientados com as filosofias do mundo, mas têm fome e sede de justiça e de múltiplas outras maneiras eles se manifestam odiosos ao mundo (Mt. 5.3-12). Como Cristo foi a pedra que os edificadores reprovaram (Lc. 20.17), o tesouro dEle é escondido para com o mundo.
Mesmo sendo resgatados pelo sangue de Cristo e feitos novas criaturas pelo sacrifício do corpo de Cristo, olham a si mesmos e sentem miseráveis como se tivessem um corpo morto atado ao seu corpo toda hora (Rm. 7.18-19, 24). Porém ao Rei deste Reino de Deus, são Filhos de Deus (I Jo. 3.2), comprados por grande preço e feitos templo do Espírito Santo (I Co. 6.19, 20), adotados na família Real (Gl. 4.5-7), declarados justos pelo Juiz (Rm. 5.1) e herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo (Rm 8.17). Esses que o mundo despreza são pérolas de grande valor para Deus.
A Fonte do Valor
A fonte, a origem, o começo, o princípio do valor deste tesouro e desta pérola é Deus. Deus colocou valor inestimável nos Seus. O tesouro não foi cravado ou lapidado de uma jóia natural. Naturalmente não habitava nada bom nestes que agora são tesouros para Deus. Como a nação de Israel foi descrita pelo profeta Ezequiel (Ez. 16.1-14), são cada um dos salvos para com Deus. O nosso nascimento não tinha linhagem a não ser de pecadores (Ez. 16.3; Rm. 5.12; Sl 51.5). Não temíamos a Deus com a vida que Ele nos deu (Ez. 16.4,5) e em vez de honra e gloria a Ele produzimos podridão e tudo que é nojento a Deus (Rm. 3.10-18). Quando ainda éramos transgressores imundos e rebeldes declarados; sim, nós sendo ainda pecadores, Deus determinou colocar grande valor nos Seus (Ez. 16.6; Rm. 5.7-.
Se a fonte do valor no tesouro estava em algo a não ser Deus, a graça de Deus não seria graça (Rm. 11.6), mas, pela fonte do valor ser de Deus a graça é exaltada (Rm. 5.20-21; Ef. 1.3-13; 2.4-. Nada na eternidade passada influenciou Deus a nos amar, pois não éramos existentes ainda quando Ele determinou nos valorizar, provando nisso o exercício da Sua graça soberana (Jr. 31.3; II Ts. 2.13-14). Nada no presente pode ser achado no objeto da graça que possa influenciar a Deus o valorizar, pois todas as nossas justiças são como trapo de imundícia (Rm. 3.10-18; Is. 64.6). Nisso exaltando a Sua soberana graça em amor, trouxe Cristo para morrer pelos Seus enquanto ainda eram pecadores (Rm. 5.. Nada que o objeto seria influenciou Deus a amar o pecador. Os pecadores salvos O louvam dizendo: Somos o que somos pela graça de Deus (I Co. 15.10; Ap. 5.9).
Por Deus ser a fonte de qualquer valor nos Seus, é manifestada a Sua soberania (Ez. 16.6; Dt. 7.6-. Contemple: Entre todas as nações do mundo, Deus tomou prazer em escolher a nação menor em número para ser o Seu povo especial e particular (Dt. 7.6-. Por que Ele amava essa nação? A menor nação era a nação mais pobre, mais frágil, menos promissora e subdesenvolvida. Às nações do mundo qualquer valor desse povo esquisito era desconhecido. Mas, a Deus, Israel era uma pérola de grande valor. Por quê? Por que Ele quis vê-la assim.
Contemple poucos dos muitos casos da graça soberana onde Deus certamente ama primeiro: Jacó, o trapaceiro e o menor, Deus amou (Rm. 9.11-13); Davi, o menor de uma família humilde, Deus ungiu para ser Rei (I Sm. 16.1-13); Raabe, uma mulher prostituta, Deus salvou-a entre todos os pagãos e colocou-a na linhagem do Salvador (Js. 2.1-11; Mt. 1.5); Saulo, o zeloso perseguidor dos cristãos, o príncipe dos pecadores, Deus o transformou em servo fiel (At. 9.1-6; I Tm. 1.15). Se você é salvo, pode também testemunhar que enquanto era pecador, Cristo morreu por você (Rm. 5.6-. O nosso amor por Ele não foi primeiro, mas amamo-nos a Ele por Ele nos amar primeiro (I Jo. 4.19). Onde ninguém pode nem deve gloriar-se, Deus, pela graça, vê uma pérola de grande valor; um objeto do Seu amor eterno; a fonte de gozo pela qual faria Jesus suportar a cruz (Ef. 2.1-9; Jr. 31.3; Hb. 12.2).
Ao mundo estes tesouros estavam escondidos, mas Deus os achou. Para estes Deus deu tudo que Ele estimava, o Seu próprio Filho, para comprar o Seu tesouro, a Sua pérola de grande valor. Por quê? Para que Jesus, Aquele que Se deu a Si mesmo para comprar os que o Pai Lhe deu, fosse exaltado soberanamente. Para que por toda língua Este, Seu Unigênito, fosse confessado O SENHOR. Para que todo o joelho dobrasse ao nome de Jesus para glória do Pai (Fp. 2.5-12).
A sua salvação foi assim? Você foi trazido ao ponto de não ver nada bom em ti diante de Deus? Você estava convicto dos seus pecados? Pela Palavra da Verdade, viu a justa condenação eterna sobre você por ser pecador? Pergunto ainda: Já viu Jesus, o Justo, dado no seu lugar um injusto? Deixou as suas miseráveis migalhas e abraçou pela fé este Jesus que Deus deu para comprar você? Pode louvar a Deus por Jesus vir salvar o que estava perdido? Assim é a entrada no Reino de Deus.
Você que já é salvo pergunto: Notou que Aquele que antes não era nada valioso para você, tornou a ser para você um tesouro que é de grande valor? Interessante não é? O Filho de Deus, o Jesus Cristo, que era sempre um escândalo e a Sua mensagem uma loucura, tornou a ser o poder de Deus, e a sabedoria de Deus (I Co. 1.23-24).
Não espere que o mundo regozije na sua salvação. Para o mundo, tanto você quanto Jesus não têm valor nenhum. Espere alegrar o seu Senhor e Salvador somente. A maioria dos religiosos despreza a Verdade e a obediência restrita à Palavra de Deus. A maioria aceita religião que agrada e exalta os homens. Não percebam valor onde Deus vê valor. Se você foi feito uma pérola a Ele, foi pela graça de Deus. Também foi com propósito, ou seja, para que Deus recebesse glória por Jesus. Pela Sua graça você está cumprindo tal propósito? Pelas boas obras de obediência amorosa à Sua Palavra, Deus é exaltado (Mt. 5.14-16; Ef. 2.8-10).
A Compra da Perola
Para um justo alguém ousaria morrer, mas não para um pecador. Mas Deus vê uma pérola de grande valor onde ninguém vê tesouro. A maneira do Reino de Deus é um Justo morrer pelos injustos, para os pecadores ser buscados e salvos, do homem corrupto ser comprado pelo Unigênito, “tudo que tinha” (Rm. 5.7-8; Lc. 19.10; Mt. 13.46). Graças a Deus que o Reino de Deus é bem diferente do curso deste mundo!
A essência da doutrina da expiação Bíblica é substituição pessoal (Keener). Essa verdade é evidente pelo Velho Testamento. Os sacrifícios contínuos dados no Velho Testamento por aqueles que olharam pela fé para o “Cordeiro de Deus”, o Jesus Cristo, eram oferecidos para os seus pecados, ou seja, o arrependido ofereceu um sacrifício para os seus pecados. A expiação pessoal foi efetuada através do holocausto que este trouxe. O sacerdote qualificado oferecia este sacrifício para aquele ofertante, e a expiação pessoal dos pecados deste ofertante foi consumada (capítulos dois até sete do livro de Levítico). Pode ser que alguém desse um sacrifício que Deus não aceitasse, e assim a expiação não seria efetuada. Todavia, nunca teve uma expiação efetuada por um pecador sem que este oferecesse seu sacrifício. Quer dizer, a expiação de qualquer pecado somente era para aquele que trouxesse o sacrifício qualificado. No Velho Testamento, nenhuma expiação foi efetuada para qualquer pecador não arrependido dos seus pecados e com fé no Cordeiro de Deus. Repito, a essência da doutrina da expiação é substituição pessoal.
No Novo Testamento não é diferente. Deus manifesta o Seu amor para “conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores”, Rm. 5.8; Is. 53.4-8, “Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido. Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho; mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos. Ele foi oprimido e afligido, mas não abriu a sua boca; como um cordeiro foi levado ao matadouro, e como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, assim ele não abriu a sua boca. Da opressão e do juízo foi tirado; e quem contará o tempo da sua vida? Porquanto foi cortado da terra dos viventes; pela transgressão do meu povo ele foi atingido.”. II Co. 5.21, “Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus.” Os para quem Cristo se ofereceu sacrifício como pleno substituto, estes tiveram a expiação dos seus pecados efetuada. A palavra ‘expiação’ é um termo teológico e bíblico que significa ‘compra’. Se os pecados de alguém não foram ‘comprados’, uma expiação não foi dada (A. W. Pink), ou seja, se não foram perdoados, para estes não foi dado o Sacrifício qualificado.
Nestas parábolas, pelo tesouro escondido e pela pérola de grande valor, “pelo gozo” deste tesouro escondido, digo, o tesouro foi a atenção total deste ‘homem’. Ele “vendeu tudo que tinha” para comprar os objetos sobre os quais Ele colocou grande valor. Ou seja, para os que o Pai deu a Cristo, Cristo foi dado. E, aos que o Pai Lhe deu, o Filho pagou. E são estes que Cristo ressuscitará, pois são comprados por Ele (Jo 6.37-40).
A mensagem do Evangelho é para todo homem se arrepender dos seus pecados! A todo que tem sede, a mensagem é: “Venha; e quem quiser, tome de graça da água da vida”, (Ap. 22.17). Por que não venha já? Venha se arrependendo dos pecados e crendo em Cristo pela fé, o Salvador de todos os pecados de todos que venham a Ele!
Como a valiosa pérola foi escondida não deixe que a salvação esteja escondida de você! Cristo está sendo anunciado já. Torne para Deus nEle, pois Ele é grande em perdoar (Is. 55.7).
Conhecendo a preciosidade de Cristo já, santifique-se a Ele, Quem lhe comprou por grande preço (I Co. 6.18-20; II Co. 6.14-18). Santifique-se a Ele no culto público, servindo-O com amor.
Talvez alguém pergunte como estas parábolas têm algo a ver com escatologia. A resposta é: Deus não muda. Os que se sujeitam a Ele agora nesta fase do Reino de Deus como Rei sobre tudo que têm, estarão com Ele quando vier na Sua glória para reinar eternamente com Seu Pai (I Ts. 4.15-18; Ap. 17.14; 19.11-16).
Leitura: Mateus 13.44-46
Versículo para Memorizar: Rm 5.7-8, “Porque apenas alguém morrerá por um justo; pois poderá ser que pelo bom alguém ouse morrer. Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.”
Essas duas parábolas demonstram uma lição primária que todo Cristão reconhece como estímulo básico para o seu culto a Deus, ou seja, o amor de Deus pelos Seus. O primeiro amor do Cristão é Cristo, o Salvador. Este amor do remido por Deus seu Redentor é precedido pelo eterno e soberano amor do Redentor pelo remido (I Jo 4.19, “Nós o amamos a Ele porque Ele nos amou primeiro”; Jr. 31.3). De tudo que essas parábolas ensinar, o grande valor que Deus coloca nos Seus é primordial.
Essa “tão grande salvação” (Hb. 2.3) é manifestada quando contempla a condição natural do homem que Deus ama. Esta criação que Deus formou do pó da terra também foi dada o domínio sobre tudo (Gn. 1.26). Este que tinha o domínio de tudo que foi criado, logo rebelou-se e fez a si mesmo a autoridade final do que era certo e errado (Gn. 3.6). Desde então o homem naturalmente é um rebelde abominável sem capacidade nenhuma para entender ou agradar a lei do seu Criador (Rm 8.6-8; I Co. 2.14). Tanto mais detalhadamente entendemos a malícia do pecado no homem, mais exaltamos o amor de Deus.
Essas parábolas não tratam do valor humano que o mundo acha no homem. A Bíblia não é antropocêntrica, ou seja, não considera o homem o centro ou a medida do Universo; sendo-lhe por isso destinado todas as coisas (Dicionário Aurélio Eletrônico, - Século XXI ver. 3.0, nov 1999). A Bíblia é teocêntrica, ou seja, tem Deus como centro de todas as coisas. Essas parábolas descrevem o Reino de Deus e não o reino do homem. Portanto essas parábolas descrevem o valor que o Rei coloca nos Seus.
O Valor dos que Estão no Reino ao Rei do Reino
O valor dos tesouros é tão desconhecido ao mundo quanto é desconhecido a existência destes tesouros. Ninguém vê valor nestes Filhos do Reino a não ser o Rei. Quando o mundo contempla aos que o Rei valoriza, não vêem nada de valioso. A Palavra de Deus que orienta os Filhos do Reino é desprezada pelo mundo. Também os Filhos do Reino não vêem valor em si mesmos. Eles não são ostentosos ou pomposos pois reconhecem as suas falhas e a tendência a pecar. Portanto, são pobres de espírito. Estes não se gabam dos seus feitos mas choram pelas suas falhas em obedecer melhor; não são determinados ou agressivos para si satisfazer, mas mansos; não são orientados com as filosofias do mundo, mas têm fome e sede de justiça e de múltiplas outras maneiras eles se manifestam odiosos ao mundo (Mt. 5.3-12). Como Cristo foi a pedra que os edificadores reprovaram (Lc. 20.17), o tesouro dEle é escondido para com o mundo.
Mesmo sendo resgatados pelo sangue de Cristo e feitos novas criaturas pelo sacrifício do corpo de Cristo, olham a si mesmos e sentem miseráveis como se tivessem um corpo morto atado ao seu corpo toda hora (Rm. 7.18-19, 24). Porém ao Rei deste Reino de Deus, são Filhos de Deus (I Jo. 3.2), comprados por grande preço e feitos templo do Espírito Santo (I Co. 6.19, 20), adotados na família Real (Gl. 4.5-7), declarados justos pelo Juiz (Rm. 5.1) e herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo (Rm 8.17). Esses que o mundo despreza são pérolas de grande valor para Deus.
A Fonte do Valor
A fonte, a origem, o começo, o princípio do valor deste tesouro e desta pérola é Deus. Deus colocou valor inestimável nos Seus. O tesouro não foi cravado ou lapidado de uma jóia natural. Naturalmente não habitava nada bom nestes que agora são tesouros para Deus. Como a nação de Israel foi descrita pelo profeta Ezequiel (Ez. 16.1-14), são cada um dos salvos para com Deus. O nosso nascimento não tinha linhagem a não ser de pecadores (Ez. 16.3; Rm. 5.12; Sl 51.5). Não temíamos a Deus com a vida que Ele nos deu (Ez. 16.4,5) e em vez de honra e gloria a Ele produzimos podridão e tudo que é nojento a Deus (Rm. 3.10-18). Quando ainda éramos transgressores imundos e rebeldes declarados; sim, nós sendo ainda pecadores, Deus determinou colocar grande valor nos Seus (Ez. 16.6; Rm. 5.7-.
Se a fonte do valor no tesouro estava em algo a não ser Deus, a graça de Deus não seria graça (Rm. 11.6), mas, pela fonte do valor ser de Deus a graça é exaltada (Rm. 5.20-21; Ef. 1.3-13; 2.4-. Nada na eternidade passada influenciou Deus a nos amar, pois não éramos existentes ainda quando Ele determinou nos valorizar, provando nisso o exercício da Sua graça soberana (Jr. 31.3; II Ts. 2.13-14). Nada no presente pode ser achado no objeto da graça que possa influenciar a Deus o valorizar, pois todas as nossas justiças são como trapo de imundícia (Rm. 3.10-18; Is. 64.6). Nisso exaltando a Sua soberana graça em amor, trouxe Cristo para morrer pelos Seus enquanto ainda eram pecadores (Rm. 5.. Nada que o objeto seria influenciou Deus a amar o pecador. Os pecadores salvos O louvam dizendo: Somos o que somos pela graça de Deus (I Co. 15.10; Ap. 5.9).
Por Deus ser a fonte de qualquer valor nos Seus, é manifestada a Sua soberania (Ez. 16.6; Dt. 7.6-. Contemple: Entre todas as nações do mundo, Deus tomou prazer em escolher a nação menor em número para ser o Seu povo especial e particular (Dt. 7.6-. Por que Ele amava essa nação? A menor nação era a nação mais pobre, mais frágil, menos promissora e subdesenvolvida. Às nações do mundo qualquer valor desse povo esquisito era desconhecido. Mas, a Deus, Israel era uma pérola de grande valor. Por quê? Por que Ele quis vê-la assim.
Contemple poucos dos muitos casos da graça soberana onde Deus certamente ama primeiro: Jacó, o trapaceiro e o menor, Deus amou (Rm. 9.11-13); Davi, o menor de uma família humilde, Deus ungiu para ser Rei (I Sm. 16.1-13); Raabe, uma mulher prostituta, Deus salvou-a entre todos os pagãos e colocou-a na linhagem do Salvador (Js. 2.1-11; Mt. 1.5); Saulo, o zeloso perseguidor dos cristãos, o príncipe dos pecadores, Deus o transformou em servo fiel (At. 9.1-6; I Tm. 1.15). Se você é salvo, pode também testemunhar que enquanto era pecador, Cristo morreu por você (Rm. 5.6-. O nosso amor por Ele não foi primeiro, mas amamo-nos a Ele por Ele nos amar primeiro (I Jo. 4.19). Onde ninguém pode nem deve gloriar-se, Deus, pela graça, vê uma pérola de grande valor; um objeto do Seu amor eterno; a fonte de gozo pela qual faria Jesus suportar a cruz (Ef. 2.1-9; Jr. 31.3; Hb. 12.2).
Ao mundo estes tesouros estavam escondidos, mas Deus os achou. Para estes Deus deu tudo que Ele estimava, o Seu próprio Filho, para comprar o Seu tesouro, a Sua pérola de grande valor. Por quê? Para que Jesus, Aquele que Se deu a Si mesmo para comprar os que o Pai Lhe deu, fosse exaltado soberanamente. Para que por toda língua Este, Seu Unigênito, fosse confessado O SENHOR. Para que todo o joelho dobrasse ao nome de Jesus para glória do Pai (Fp. 2.5-12).
A sua salvação foi assim? Você foi trazido ao ponto de não ver nada bom em ti diante de Deus? Você estava convicto dos seus pecados? Pela Palavra da Verdade, viu a justa condenação eterna sobre você por ser pecador? Pergunto ainda: Já viu Jesus, o Justo, dado no seu lugar um injusto? Deixou as suas miseráveis migalhas e abraçou pela fé este Jesus que Deus deu para comprar você? Pode louvar a Deus por Jesus vir salvar o que estava perdido? Assim é a entrada no Reino de Deus.
Você que já é salvo pergunto: Notou que Aquele que antes não era nada valioso para você, tornou a ser para você um tesouro que é de grande valor? Interessante não é? O Filho de Deus, o Jesus Cristo, que era sempre um escândalo e a Sua mensagem uma loucura, tornou a ser o poder de Deus, e a sabedoria de Deus (I Co. 1.23-24).
Não espere que o mundo regozije na sua salvação. Para o mundo, tanto você quanto Jesus não têm valor nenhum. Espere alegrar o seu Senhor e Salvador somente. A maioria dos religiosos despreza a Verdade e a obediência restrita à Palavra de Deus. A maioria aceita religião que agrada e exalta os homens. Não percebam valor onde Deus vê valor. Se você foi feito uma pérola a Ele, foi pela graça de Deus. Também foi com propósito, ou seja, para que Deus recebesse glória por Jesus. Pela Sua graça você está cumprindo tal propósito? Pelas boas obras de obediência amorosa à Sua Palavra, Deus é exaltado (Mt. 5.14-16; Ef. 2.8-10).
A Compra da Perola
Para um justo alguém ousaria morrer, mas não para um pecador. Mas Deus vê uma pérola de grande valor onde ninguém vê tesouro. A maneira do Reino de Deus é um Justo morrer pelos injustos, para os pecadores ser buscados e salvos, do homem corrupto ser comprado pelo Unigênito, “tudo que tinha” (Rm. 5.7-8; Lc. 19.10; Mt. 13.46). Graças a Deus que o Reino de Deus é bem diferente do curso deste mundo!
A essência da doutrina da expiação Bíblica é substituição pessoal (Keener). Essa verdade é evidente pelo Velho Testamento. Os sacrifícios contínuos dados no Velho Testamento por aqueles que olharam pela fé para o “Cordeiro de Deus”, o Jesus Cristo, eram oferecidos para os seus pecados, ou seja, o arrependido ofereceu um sacrifício para os seus pecados. A expiação pessoal foi efetuada através do holocausto que este trouxe. O sacerdote qualificado oferecia este sacrifício para aquele ofertante, e a expiação pessoal dos pecados deste ofertante foi consumada (capítulos dois até sete do livro de Levítico). Pode ser que alguém desse um sacrifício que Deus não aceitasse, e assim a expiação não seria efetuada. Todavia, nunca teve uma expiação efetuada por um pecador sem que este oferecesse seu sacrifício. Quer dizer, a expiação de qualquer pecado somente era para aquele que trouxesse o sacrifício qualificado. No Velho Testamento, nenhuma expiação foi efetuada para qualquer pecador não arrependido dos seus pecados e com fé no Cordeiro de Deus. Repito, a essência da doutrina da expiação é substituição pessoal.
No Novo Testamento não é diferente. Deus manifesta o Seu amor para “conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores”, Rm. 5.8; Is. 53.4-8, “Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido. Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho; mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos. Ele foi oprimido e afligido, mas não abriu a sua boca; como um cordeiro foi levado ao matadouro, e como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, assim ele não abriu a sua boca. Da opressão e do juízo foi tirado; e quem contará o tempo da sua vida? Porquanto foi cortado da terra dos viventes; pela transgressão do meu povo ele foi atingido.”. II Co. 5.21, “Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus.” Os para quem Cristo se ofereceu sacrifício como pleno substituto, estes tiveram a expiação dos seus pecados efetuada. A palavra ‘expiação’ é um termo teológico e bíblico que significa ‘compra’. Se os pecados de alguém não foram ‘comprados’, uma expiação não foi dada (A. W. Pink), ou seja, se não foram perdoados, para estes não foi dado o Sacrifício qualificado.
Nestas parábolas, pelo tesouro escondido e pela pérola de grande valor, “pelo gozo” deste tesouro escondido, digo, o tesouro foi a atenção total deste ‘homem’. Ele “vendeu tudo que tinha” para comprar os objetos sobre os quais Ele colocou grande valor. Ou seja, para os que o Pai deu a Cristo, Cristo foi dado. E, aos que o Pai Lhe deu, o Filho pagou. E são estes que Cristo ressuscitará, pois são comprados por Ele (Jo 6.37-40).
A mensagem do Evangelho é para todo homem se arrepender dos seus pecados! A todo que tem sede, a mensagem é: “Venha; e quem quiser, tome de graça da água da vida”, (Ap. 22.17). Por que não venha já? Venha se arrependendo dos pecados e crendo em Cristo pela fé, o Salvador de todos os pecados de todos que venham a Ele!
Como a valiosa pérola foi escondida não deixe que a salvação esteja escondida de você! Cristo está sendo anunciado já. Torne para Deus nEle, pois Ele é grande em perdoar (Is. 55.7).
Conhecendo a preciosidade de Cristo já, santifique-se a Ele, Quem lhe comprou por grande preço (I Co. 6.18-20; II Co. 6.14-18). Santifique-se a Ele no culto público, servindo-O com amor.
Talvez alguém pergunte como estas parábolas têm algo a ver com escatologia. A resposta é: Deus não muda. Os que se sujeitam a Ele agora nesta fase do Reino de Deus como Rei sobre tudo que têm, estarão com Ele quando vier na Sua glória para reinar eternamente com Seu Pai (I Ts. 4.15-18; Ap. 17.14; 19.11-16).
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