prova da necessidade urgente de se preservar a rica biodiversidade do Planeta.
Embora cerca de 18.000 espécies sejam descobertas e nomeadas a cada ano, outras milhares estão desaparecendo com a mesma rapidez, segundo o Instituto, e tudo o que aprendemos ou deixamos de aprender com eles desaparece junto.
De uma aranha com aparência de chapéu mágico, passando por uma linda esperança cor de rosa, a uma orquídea com “cara diabólica”, conheça a seguir as espécies recém-descobertas mais incríveis.
Uma aranha ou o mágico “Chapéu seletor”?
Nome científico: Eriovixia gryffindori
Localização: Índia
No ano passado, cientistas indianos descobriram uma nova espécie de aranha, curiosamente parecida com um dos objetos fantásticos mais emblemáticos da famosa série de ficção infanto juvenil Harry Potter, o Chapéu Seletor. O objeto enfeitiçado é encarregado de distribuir os novos alunos da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts pelas diferentes Casas que a compõem. No universo da série de bruxaria, Godric Gryffindor era um dos quatro feiticeiros fundadores da escola de magia e dono do Chapéu Seletor, daí o nome da nova espécie de aranha: Eriovixia gryffindori.
A publicação científica que descreve a descoberta indica que o nome é “uma ode à mágica perdida e encontrada, em um esforço para chamar a atenção ao mundo fascinante, mas normalmente negligenciado dos invertebrados, e suas vidas secretas.” A espécie se camufla bem para assemelhar-se com as folhas mortas, secas e marrons, entre as quais se esconde durante o dia. Acredita-se que ela tenha hábitos noturnos.
A esperança rosa
Nome científico: Eulophophyllum kirki
Localização: Malásia
Esta nova espécie de esperança foi descoberta enquanto os pesquisadores procuravam tarântulas e cobras em Bornéu. Seus espécimes medem cerca de 40 mm de comprimento. Os machos são de cor verde e as fêmeas são rosa. Sua aparência é extremamente semelhante a de uma folha, sendo facilmente confundida. Como a nova espécie foi descoberta em um área altamente protegida, os pesquisadores não conseguiram licenças para coletar exemplares, o que segundo eles cria potencial de confusão no futuro com outras espécies semelhantes, além de “ilustrar as tensões entre o avanço da ciência e regulamentos bem-intencionados sobre a coleta”.
Um ratinho com apetite diferenciado
Nome científico: Gracilimus radix
Localização: Indonésia
Os cientistas consideram esse ratinho uma “reversão evolutiva”. Recém-descoberto, este pequeno roedor cinzento aprecia comer tanto alimentos de origem vegetal quanto animal, o que o torna único entre seus parentes roedores estritamente carnívoros. Um roedor de apetite diferenciado!
Patas para andar e se multiplicar
Nome científico: Illacme tobini
Localização: Estados Unidos
Parente da centopeia, o Illacme tobini é uma espécie de diplópode encontrado no Parque Nacional da Sequoia, na Califórnia, EUA. Ele tem nada menos do que 414 patas, 200 glândulas de veneno, quatro pênis (que na verdade são pernas modificadas para transferir esperma para a fêmea), e não possui olhos. Ele curte locais escuros e úmidos, como troncos apodrecidos e embaixo de pedras. Segundo os cientistas, o I. tobini possui uma antiga linhagem que data de antes da dissolução do supercontinente Pangea, mais de 200 milhões de anos atrás.
Uma formiga dragão
Nome científico: Pheidole drogon
Localização: Papua Nova Guiné
Por suas costas espinhosas, que segundo os cientistas se assemelham a um dragão, esta nova espécie de formiga feroz recebeu o nome de Drogon, em referência ao dragão negro comandado por Daenerys Targaryen da série Game of Thrones. Anteriormente, os cientistas achavam que as espinhas eram um mecanismo de defesa. No entanto, a microtomografia (semelhante à tomografia computadorizada médica) sugere que pelo menos algumas das espinhas servem de suporte muscular. Os principais trabalhadores, ou soldados, têm cabeças e mandíbulas excepcionalmente grandes usadas para esmagar sementes que de outra forma não seriam comestíveis. Grandes cabeças exigem grandes músculos que devem ser ancorados em algum lugar, como as espinhas.
O rei do Rio Tocantins
Nome científico: Potamotrygon rex
Localização: Brasil
E tem espécie brasileira nova na área também. É uma arraia de água doce, grande e marcante, endêmica do Rio Tocantins. O espécime encontrado tinha 1,1 m de comprimento. Sua cor varia de preta a castanho-acinzentada, com manchas intensas de amarelo a laranja que, combinadas com o seu tamanho, lhe renderam o título de “rei”.
Uma exímia centopeia nadadora
Nome científico: Scolopendra cataracta
Localização: Laos, Tailândia e Vietnã
Preta, com 20 pares de pernas e até 20 cm de comprimento, esta centopeia tem habilidades surpreendentes. É a primeira espécie de centopeia já observada capaz de mergulhar na água e correr pelo fundo da mesma maneira como faz em terra seca. Seu nome, “cataracta”, vem do latim para cachoeira. O estado de sua população é motivo de preocupação devido à destruição de habitats, incluindo atividades turísticas, ao longo de córregos e aterros de rios onde habita no Laos, Tailândia e Vietnã
Tomate “sangrento e ossudo”
Nome científico: Solanum ossicruentum
Localização: Austrália
O nome desta nova espécie — que combina o latim “ossi” para ossos e “cruentum” para sangrentos — foi escolhido com a ajuda de 150 alunos de sétima série de ciências nos EUA. As frutas jovens expelem um liquido vermelho quando cortada ainda verde. Por sua vez, a planta madura, ao ser aberta, tem sementes que parecem ossos.
Uma orquídea diabólica
Nome científico: Telipogon diabolicus
Localização: Colômbia
Dizem que o diabo está nos detalhes. Neste caso, está na orquídea. A nova espécie Telipogon diabolicus tem uma estrutura reprodutiva que lembra a representação da cabeça do diabo. Considerada criticamente ameaçada, a espécie é conhecida apenas no sul da Colômbia, em um local atualmente ameaçado pela construção de uma estrada que irá impactar negativamente seu habitat.
Um verme com cara de churro
Nome científico: Xenoturbella churro
Localização: México
Descoberto no fundo do Golfo da Califórnia, a 1,722 metros abaixo da superfície, a espécie Xenoturbella churro é um verme marinho de 10 cm de comprimento. A nova espécie é “cor-de-rosa-alaranjada”, segundo os cientistas, com quatro sulcos longitudinais profundos que lembram um churro. Essas criaturas primitivas têm uma boca, mas nenhum ânus, e são um lembrete da incrível biodiversidade encontrada nos oceanos do mundo
Fonte:Da Redação dO EXAME
Reditado para:Noticias do Stop 2017
Fotografias:Getty Images/Reuters/EFE/AFP