Casa Branca anuncia estratégia contra colisão de asteroide

Documento oficial detalha como se preparar para possíveis impactos de objetos celestes em rota de colisão com a Terra

Ciência
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Essa é uma preocupação crescente nos EUA e ganhou repercussão depois que a Casa Branca divulgou, no começo de janeiro, um plano de ação contra colisões com possíveis objetos celestes próximos à órbita terrestre.

No documento, intitulado de “National Near-Earth Object Preparedness Strategy”, autoridades americanas consideram “improvável” que um impacto de grandes proporções ocorra nos próximos dois séculos, mas afirmam que o risco de colisões menores, mas com efeitos catastróficos consideráveis, é real.

Este é o primeiro plano oficial do governo americano nesse sentido, reunindo cientistas e políticos em ações preventivas que vão desde coletar informações sobre asteroides até elaborar estratégias para destruir objetos no espaço, se necessário.

Foram sete metas estabelecidas. Entre elas: desenvolver métodos de rastreamento e caracterização dos objetos próximos à Terra, estudar alternativas para explodir ou deslocar objetos ameaçadores, atualizar e melhorar modelos de previsão, criar um plano de emergência para impactos, pensar em um sistema de alerta e práticas de recuperação, ter a cooperação internacional, e estabelecer um conjunto de protocolos para tomar decisões rápidas.

Ainda não há previsão para todas essas metas saírem do papel, mas elas têm caráter urgente.  Dados do Departamento de Defesa dos EUA estimam que há cerca de 10 milhões de objetos em órbita próximos à Terra que ainda não foram rastreados. Entre 1994 e 2013, mais de 500 meteoros (entre um e 50 metros de diâmetro) entraram em nossa atmosfera. E mesmo com pequenas proporções podem ter poder destrutivo.

Que o diga o meteoro que caiu perto da cidade de Chelyabinsk, na Rússia, em 2013. Com quase 20 metros de diâmetro, o objeto liberou uma energia equivalente a cerca de 500 quilotons de TNT (de 20 a 30 vezes mais que as primeiras bombas atômicas). Se a queda ocorresse em uma área habitada, teria resultado em milhões de mortos e feridos.

Hoje, se um asteroide estiver a caminho da Terra, nem a Nasa poderia nos proteger. Com a tecnologia atual, o astro só seria detectado quando já não houvesse mais tempo de fazer nada – só rezar… ou esperar que o Bruce Willis salve todo mundo.

 

Texto originalmente publicado em Superinteressante.

 

 

Fonte:AFP

Reditado para:Noticias do Stop 2016

Fotografias:Getty Images/Reuters/EFE/AFP

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