A descoberta se deu graças a um relato da cidade norte-americana de Maryland, onde um homem que foi infectado com zika na República Dominicana mas não mostrava sintomas contaminou sua parceira, que não havia viajado a nenhum lugar com casos de transmissão de zika.
O estudo, publicado no relatório semanal sobre mortes e doenças dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC, na sigla em inglês), leva a crer que a transmissão sexual do zika não é menos provável em indivíduos assintomáticos do que em pessoas com sintomas.
Atualmente, as recomendações para a prevenção de transmissão sexual do vírus para viajantes que voltam para casa diferem, dependendo da presença de sintomas e do planejamento de uma gravidez, mas isso pode ter que mudar.
Separadamente, autoridades de saúde de Porto Rico relataram até 10 pessoas que desenvolveram a doença neurológica paralisante conhecida como síndrome de Guillain-Barré em decorrência de infecções pelo zika.
Os estudos mais recentes acrescentam dados ao quadro ainda em progresso dos impactos do zika, um vírus anteriormente considerado brando, mas que recentemente mostrou ser a causa da microcefalia, uma má-formação craniana, além de doenças neurológicas em adultos.
Em Porto Rico, onde o zika chegou em dezembro de 2015, as autoridades de saúde vêm rastreando sistematicamente os casos de Guillain-Barré após relatos de outros países sobre um aumento nos casos relacionados ao zika.
A síndrome de Guillain-Barré provoca fraqueza gradual nas pernas, nos braços e na parte superior do corpo, e em alguns casos paralisia temporária.
Dos casos observados em Porto Rico, 34 pacientes tinham sinais de infecção por um flavivírus, como zika, dengue chikungunya, e 10 tinham confirmadas infecções pelo zika vírus.
Os testes de diagnóstico não conseguem discernir com facilidade entre infecções relacionadas, mas as autoridades de saúde suspeitam que quase todas as infecções de flavivírus vistas têm relação com o zika por este ser o flavivírus predominante no país na atualidade.
As diretrizes atuais para a prevenção de transmissão sexual do zika sugerem que casais dos quais uma pessoa voltou de uma área com transmissão ativa, mas não desenvolveu sintomas, esperem oito semanas antes de tentar conceber um filho, mas homens diagnosticados com zika deveriam esperar pelo menos seis meses, e as mulheres pelo menos oito semanas.
Fonte:REUTERS
Reditado para:Noticias Stop 2016
Fotografias:Getty Images / Reuters
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