A estimativa vem contida num comunicado conjunto das partes envolvidas na sua preparação, nomeadamente o Instituto Nacional de Estatística (INE), a Embaixada da Suécia, o Fundo das Nações Unidas para a População (FNUAP) e a Agência para o Desenvolvimento Internacional (USAID) norte-americana.
O censo é suportado pelo Governo e pelos parceiros internacionais, sendo que a Suécia é, até agora, a única parceira que proporcionou financiamento directo com cerca de 2.9 milhões de dólares.
“O défice de financiamento actual é de cerca de 32 milhões de dólares, dos quais 5.3 milhões USD serão necessários para o ano em curso”, revela o comunicado recebido ontem pela Agência de Informação de Moçambique (AIM).
Segundo a nota, o INE está actualmente à procura de alternativas de financiamento, “uma vez que o Governo de Moçambique pretende alocar 53 por cento do custo total do censo”.
O FNUAP e a USAID são parceiros que têm apoiado na capacitação técnica e na preparação do aparelho operativo, assim como na actualização cartográfica.
A presidente do INE, Isaltina Lucas, explicou que o censo vai contribuir para melhor entender e resolver os problemas de escassez e disponibilidade de dados de qualidade.
“O recenseamento geral da população vai nos ajudar a entender melhor a qualidade das condições de vida das pessoas e determinar a integração social, demográfica ou económica e de exclusão em todo o país. Além disso, o censo irá fornecer ao Governo e a outras organizações a possibilidade de melhor desenhar os programas para o benefício de regiões mais desfavorecidas e de grupos vulneráveis”, afirmou.
Para a embaixadora da Suécia, Irina Schoulgin Nyoni, “o censo irá fornecer dados desagregados, incluindo das pequenas unidades administrativas, que irá facilitar os esforços no sentido de se promover um crescimento equitativo”.
“Os dados são também importantes como forma de acompanhar a execução do Plano Quinquenal do Governo (PQG), bem como os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)”, disse.
Por seu turno, a representante do FNUAP em Moçambique, Young Hong, realçou que os dados do censo serão importantes não só para entender a estrutura da população do país, como também sobre a mortalidade por grupos etários, fundamental para análises detalhadas e decisões sobre as políticas da população.
“Além disso, os resultados do censo irão fornecer dados e indicadores credíveis sobre a mortalidade materna a nível nacional, provincial e distrital”, acrescentou.
O recenseamento geral de população dá a possibilidade de se ter um debate esclarecido sobre a monitoria das tendências de desenvolvimento e de assuntos da sociedade, melhorando a qualidade de todos os dados estatísticos construídos numa base demográfica.
Os censos anteriores em Moçambique foram realizados em 1980, 1997 e 2007.
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