A cota de água nas albufeiras dos Pequenos Libombos e de Corumana, na província do Maputo, baixou para níveis considerados críticos devido à seca prolongada que afecta a região Sul do país.
Entretanto, a Administração Regional de Águas do Sul (ARA-SUL) acredita que a situação poderá se reverter na presente época chuvosa.
O Director-Geral do organismo, Hélio Banze, dá conta que apesar desta situação, a Barragem dos Pequenos Libombos tem água suficiente para abastecer a cidade de Maputo, pelo menos até ao final da época chuvosa.
De acordo com Banze, a zona sul do país está a enfrentar uma das piores secas da história, que não permitiu o encaixe nos últimos dois anos. No caso de Corumana, segundo a fonte, se tivessem sido montadas comportas aquando da sua construção, nos anos 80, “teríamos feito a gestão desta seca de forma diferente”.
Corumana é apontada como a alternativa imediata e viável para abastecer água à zona norte da capital do país, Marracuene, norte do município da Matola, parte de Boane, Pessene, Moamba-sede, Sábiè e Tenga.
Numa primeira fase vai ser construída uma captação com capacidade para 60 mil metros cúbicos por dia na Barragem de Corumana e uma estação de tratamento, de igual capacidade, no Sábiè.
Uma conduta adutora de 120 mil metros cúbicos por dia vai ligar Sábiè e o centro distribuidor da Machava, numa extensão de 90 quilómetros. É que numa segunda fase a capacidade de produção na ETA de Sábiè deve ser duplicada para 120 mil metros cúbicos por dia.
A capacidade de produção de água para a região metropolitana (Maputo, Marracuene, Boane e Matola) deve passar dos actuais 240 mil para 300 mil metros cúbicos, numa primeira fase, mas o horizonte é atingir os 360 mil metros cúbicos por dia.
Para que tal se efective, há um projecto em curso que deve permitir a colocação de seis comportas no descarregador de superfície desta barragem, com capacidade de descarga de mil a 1100 metros cúbicos por segundo.
Com a colocação das comportas, Corumana vai duplicar a actual capacidade de retenção passando para 1430 milhões de metros cúbicos.
“Há este crescimento populacional na cidade de Maputo e à medida que a população cresce temos que ter água para disponibilizar e Corumana é a próxima fonte”, indicou.
A instalação de comportas em Corumana, que tem início no próximo ano, deve ser concluída em 2018 devendo fornecer 70 a 80 milhões de metros cúbicos por ano.
Fonte:RM
Reditado para:Noticias Stop 2016
