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Federação informa a CAF maus-tratos aos Palancas

Federação informa a CAF maus-tratos aos Palancas

Futebol
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A Confederação Africana de Futebol (CAF) está informada dos “maus-tratos” de que foi alvo a Selecção Nacional de Futebol de Honras, na chegada ao aeroporto de Franceville, antes do desafio frente ao Gabão, garantiu, ontem, ao Jornal de Angola, António Muaxilela, director do Gabinete de Comunicação e Marketing da Federação Angolana da modalidade, FAF.


Falando na ressaca da "tortura física e psicológica” sofrida em terras gabonesas, que culminou com a terceira derrota, (2-0), averbada pelo combinado nacional na eliminatória de acesso ao 'play-off' de qualificação ao Mundial do Qatar´2022, o responsável pela comunicação da entidade reitora do futebol no país confirma que a CAF está em posse das imagens e vídeos de toda a situação vivida pela delegação de Angola na cidade de Franceville.

"A Confederação Africana tem toda a informação, porque acompanharam e sabem de tudo o que se passou no Gabão, através de vídeos e imagens. Portanto, qualquer decisão pode ser tomada”, afirmou, António Muaxilela, deixando transparecer, claramente, a probabilidade de a Federação gabonesa vir a ser punida.

Na deslocação ao Gabão, recorde-se, tendo em vista o desafio da quarta jornada do Grupo F das eliminatórias para o Mundial, os Palancas Negras foram mal recebidos pelos anfitriões, na cidade de Franceville, onde, para atravessarem a fronteira, tiveram de esperar seis horas no aeroporto, sem ar-condicionado e cadeiras para sentar.

Dada às várias horas de espera, alguns jogadores foram obrigados a sentar e dormir no chão do aeroporto, para tirar algumas horas de sono, em sinal de cansaço. Como se não bastasse, a delegação apenas jantou a uma hora da madrugada.


Seleccionador desolado

Pedro Gonçalves considera ser gravíssimo o que aconteceu à Selecção em território gabonês. O seleccionador dos Palancas Negras diz ser altura de a CAF e a FIFA "colocarem um ponto final” a determinadas situações verificadas no continente africano. "Fomos manietados pelo árbitro, desde a primeira parte e a segunda foi uma evidência. Não sei que tipo de análise os observadores poderão fazer, mas a CAF e a FIFA, se querem que África tenha mais presenças em campeonatos do mundo, também têm de começar a pôr cobro a certas situações”, alertou.

O seleccionador nacional garantiu, ainda, que a situação enfrentada por Angola no aeroporto de Franceville e a consequente derrota "é um somatório de contrariedades”, que considerou ter "afectado a equipa” na preparação da dupla jornada frente ao Gabão.
Pese as contrariedades, Pedro Gonçalves admitiu ter sido uma jornada onde a selecção deu "uma boa resposta” no desafio em casa, tendo o triunfo (3-1) "provado crescimento”. O mesmo não diz do segundo embate, no terreno do adversário, em que lamentou o pouco tempo para recuperação dos jogadores.

"Com todas as peripécias que o Gabão nos impôs, ficámos claramente condicionados. Sabíamos que a segunda parte séria difícil, sobretudo a partir do momento em que a fadiga tomou conta de nós. Procurámos refrescar e, essencialmente, dar força para que a equipa tivesse sempre continuidade, mas fomos perdendo capacidade e clarividência, tudo por culpa das forças que foram faltando e claudicámos na parte final”, justificou.

Patrice Neveu lamenta incidente

Os maus-tratos submetidos pelos gaboneses à comitiva angolana mereceram um comentário do seleccionador do Gabão, Patrice Neveu. O treinador de nacionalidade francesa lamentou o incidente e admitiu haver sérios problemas de organização em África.

"Lamento bastante aquilo que aconteceu a Angola no aeroporto. Para que África chegue ao nível de organização da Europa é preciso muita estruturação, porque continuamos a fazer coisas que no futebol não se fazem. Acredito ser importante as federações organizarem-se melhor, porque é inconcebível jogadores africanos que evoluem nas grandes equipas europeias não se juntarem às suas selecções africanas”, disse.

A finalizar, Patrice Neveu fez elogios à selecção angolana, admitindo ter havido aproveitamento do Gabão diante de toda a sessão de tortura física e psicológica submetida a Angola: "reconhecemos que o cansaço também fez parte, mas estudámos a estratégia do opositor, fomos para cima e conseguimos ganhar. Não podemos retirar o mérito, porque vencemos uma grande equipa”.


Fonte:da Redação e da angonoticias
Reeditado para:Noticias do Stop 2021
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Fotografias:Getty Images/Reuters/EFE/AFP/Estadão

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