Juntamente com o socialista António Vitorino, Paulo Portas participou no sábado à noite na Escola de Quadros do CDSPP, que terminou em Peniche, no jantar conferência sobre "Desafios de Portugal no presente contexto internacional", onde começou por
assegurar que as opiniões que ia expressar seriam "apenas e só sobre política externa".
O antigo vice-primeiro-ministro realçou que há "em Angola mais de 100 mil portugueses, duas mil empresas nacionais e cerca de 10 mil empresas a exportar", e por isso dá razão à escola diplomática que entende que a missão do Estado português é defender os interesses de Portugal e que "não têm razão os que acham que é uma atribuição de Portugal explicar aos angolanos como é que eles devem ser angolanos".
"Esse tempo passou quando o império caiu", disse, avisando que se Portugal não assumir a sua posição em termos económicos outros países vão tomar essa parte. Portas foi peremptório: "Quem sabe o futuro dos angolanos, são os angolanos. Respeitemos isso".
Outro país cujas relações são importantes para Portugal é, na opinião do antigo governante, o Brasil, defendendo que independentemente da "opinião sobre o que se sucedeu no processo do 'impeachment'" que cada um possa ter, não é competência "dar lições aos brasileiros de direito constitucional".
Segundo Portas, "é bastante importante para Portugal que o Brasil possa fazer um caminho de maior abertura comercial", antecipando que isso vai acontecer e que "é uma oportunidade para as empresas portuguesas".
"Dediquemo-nos ao essencial e não a juízos ideológicos sobre estados soberanos há muito tempo e que são por natureza necessários à nossa política externa", apelou.
Fonte:Angonoticias
Reditado para:Noticias Stop 2016